Fausto Wolff é um jornalista-escritor gaúcho, descendente de alemães do vale do Sinos e personagem do país mítico chamado "Ipanema", no RIo de Janeiro, como diz Luis Fernando Veríssimo. Desde cedo convivendo com as agruras do país, sabe como poucos meter o dedo na ferida; sabe até as receitas para curar a ferida, mas como isso não depende só dele...
Eu disse uma vez que ele é uma mistura improvável de Bukowski com Jorge Luis Borges, com pitadas marxistas.
Vou colocar alguns trechos de um livro que eu recém comecei a ler, mas que de cara vi que é magistral: A imprensa livre de Fausto Wolff. è uma coletâneas de artigos sobre o país, o caos atual em que nos encontramos. É de 2004, portanto bem recente. Alguns trechos do livro:
"Nossa imprensa - os poucos jornais que sobraram e que viraram empregado dos canais de televisão - tornou-se clean, distante, superior, limitando a narrar os fatos sem se atentar para os fenômenos que ocasionam os fatos".
"As transnacionais, os bancos, as grandes redes de TV que nos convencem a consumir mais e mais todo tipo de porcarias não podem viver sem escravos. E os escravos somos nós e somos escravos porque - na medida em que queremos ter e abdicamos da nossa condição de indivíduos - não percebemos que eles não podem viver sem nós. Pensem bem: o domador sem tigre não passa de um palhaço com um chicote na mão."
" A liberdade é uma carcereira terrível"
Algumas coisas podem até parecer radical demais, mas não; basta ler Fausto Wolff que ele nos explica direitinho que, se há alguma verdade perdida, ele chega o mais próximo possível dela.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário