segunda-feira, outubro 31, 2005

Filosofia bagaceira




Team America é um filme feito todo em bonecos tipo os antigos Thunderbirds, com os fiozinhos que os movem e tudo. Criado pelos mesmo pessoal responsável pelo desenho South Park, o fulme é uma sátira cruel aos americanos e a sua "missão" de policiar e garantir o bem-estar do mundo. A Team America do título é uma polícia especial encarregada de cuidar de ações terroristas em todo o planeta, e para cumprir sua missão, não hesita em destruir tudo que vê pela frente - inclusive monumentos históricos e Museus, como no início do filme quando destroem o Museu do Louvre em Paris para matar um terrorista árabe que entrou lá para se esconder dos americanos.


Para se disfarçar de árabe e descobrir o que estes estão tramandos, eles contatam o considerado "melhor ator do mundo", Gary Johnston. A partir daí o filme se desenrola, com reviravoltas típicas dos filmes de ação (mas, neste caso, tudo é sátira), e numa das cenas mais hilárias, o ator Gary, frustrado por não conseguir interpretar em situações de risco como a que o Team America o encarrega, toma um porre num bar, e um velho que está ali observando puxa conversa no mínimo estranha com Gary:

" Há três tipos de pessoas no mundo: os dicks (paus), as pussy (bucetas) e os asshole (cús). As pussy enrolam os dicks, que só querem fodê-las sem pensar direito. E há os asshole, quer só querem cagar pra cima de tudo.
As pussy podem ficar brabas com os dicks, porque são fodidas por eles. Mas o problema é que os dicks muitas vezes fodem demais, ou fodem quando não devem, e é preciso que as pussy mostrem isso à eles; só que , às vezes, as pussy são influenciadas demais, e ficam tão cheias de merda que elas próprias se tornam assholes - pela proximidade de alguns centímetros, isso é bem fácil de acontecer. Mas os dicks também fodem os asshole, e se não fudessem, sabe o que aconteceria? os dicks e as pussy ficariam cobertos de merda!

Por isso, cabe aos dicks salvar o mundo dos assholes!

domingo, outubro 30, 2005

Uma simples história de amor

Um argumento para curta metragem, que fiz há um ano atrás. Historinha simples, romântica, ingênua.


Uma simples História de Amor

Jovem vem do interior para fazer vestibular e fica na casa dos seus tios, num quarto só para ele.
Chega num domingo à tarde. Segunda pela manhã, acorda cedo e vai fazer o vestibular.Vai a pé, senta na sala, aguarda.
A uns 3 minutos de esgotar o prazo, surge uma garota, de cabelos vermelhos, atrasada e senta atrás dele. Ele a acompanha com os olhos. Vendo o olhar do garoto, ela, mesmo um pouco ofegante, diz oi para ele e puxa uma conversa. Ele responde, um pouco sem jeito. Mas começa o vestibular, e aconversa morre .
Duas horas depois, ela se levanta para entregar a prova,e o garoto levanta-se segundos depois.
Os dois saem junto da sala. Conversam sobre a prova e outras coisas enquanto vão junto para a casa.
Ao chegar na hora de se despedir,ela dá um beijo no rosto dele e diz seu telefone. Ele chega em casa,vai direto para cama.

No outro dia, mesma rotina: acorda cedo e vai fazer o vestibular. Desta vez a garota já está na sala quando ele chega. Conversam um pouco antes do início da prova;rola um “leve” clima, ela pega na mão dele e o deseja boa sorte. Ele retribui. Fazem a prova, e desta vez ele acaba antes. O garoto espera um pouco e vão junto novamente para casa, pelo mesmo caminho. Na hora de se despedir, ela o convida para dar uma volta de tarde. Um abraço de despedida,almoço, e pelo fim da tarde os dois saem juntos, caminhando pela cidade movimentada.
Começa a chover, e eles vão correndo para casa.
Na hora da despedida, finalmente se beijam pra valer. No outro dia, no colégio, se encontram na mesma sala, um sentando atrás do outro.
Ela está bem diferente no seu comportamento, preocupada com alguma coisa.
Faz a prova rápido, sai quase correndo, mas deixa um bilhete pra ele, discretamente. Ele abre. O bilhete diz que ela não vai fazer a redação, que vai pegar o ônibus pra casa as 11:30. Ele dá um jeito de acabar a prova rápido. Sai quase correndo tentando achar ela. Vai correndo até a rodoviária; chega em tempo de ver o ônibus saindo,e vê ela dando um tchau pela janela. Ele fica desolado. Vai para a casa e chora; acaba dormindo. No outro dia, lê um jornal a caminho da rodoviária: ônibus bate em carreta e mais de dez passageiros morrem.

O garoto só abaixa a cabeça, chora muito e grita.
Outro ano. Ele faz o vestibular de novo.
No mesmo colégio e, na mesma classe, encontra uma garota atrás de si, muito parecida com a outra que morreu. Ela se apresenta, ele
a olha com aquele mesmo olhar de antes.Acabam a prova juntos; e vão embora.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Impressões de viagem : Punta Del Este (2)

Algumas outras fotos de Punta Del Este, as últimas da viagem.
No último dia lá, pegamos umas bicicletas com o cara do Hotel e andamos por todos os arredores da cidade. Há uns 8 quilômteros do hotel, o pneu da bicicleta do André furou, e pra conseguir uma borracharia ali... sorte nossa que um brasileiro e dois uruguaios estavam , de bicicleta, indo para Punta em busca de trabalho. Como andavam , de bicicleta, desde montevideo, traziam consigo os materiais necessários para remendos de pneu, e por um precinho camarada e umas bolachas arrumaram pra nós. O brasileiro, que era de Livramento, uma figura interessantíssima: algo como um brasiguaio, falava portugûes com nós e espanhol com os outros companheiros, em cada língua com sotaque da outra. Ele veio de bicicleta de Livramento a Montevideo em 3 dias e meio, quase 500 Km, um recorde. Veio pra procurar trabalho, trazendo só uma mochila e alguns poucos pertences.
Depois do pneu, andamos bastante ainda, a minha bicicleta deu problema também, desta vez no câmbio, mas seguimos igual. Fizemos uns 30 Km acho, com algumas subidas cansativas incluso. Chegamos no hotel podre de cansados, logicamente.




Na Casapuebla, um casarão bem estranho de um artista plástico que hoje virou museu. Fica a alguns quilômetros do Centro, numa região com belas praias.









Na Praia em um dos lados da península onde fica Punta; é uma escultura de uma mão enterrada.








No porto, nós e as bici.







Na exata ponta onde o Rio da Prata encontra o Oceano.
À esquerda, o atlântico; à direita, o Rio, que se desde Montevideo já tem cara de mar, aqui então nem lembra mais um rio.

terça-feira, outubro 25, 2005

Lembranças de sonhos

De uns meses pra cá eu tenho sonhado compulsivamente. No sono pesado tradicional à noite já era comum, mas agora os sonhos vêm em qualquer dormida que seja, até aquelas cestas de 30 minutos depois do almoço. Na verdade, desconfio que sempre sonhei bastante, mas a diferença desta vez é que me lembro de quase todos os sonhos, embora muitas vezes o que lembro não consegue formar um relato coeso e com nexo. Mas sonho não tem muito nexo mesmo... o que comprovei através das lembranças dos meus sonhos é que eles são diremante ligados ao "assunto" que predominou na minha cabeça durante o dia. É difícil de se medir exatamente o tal assunto, mas acredito que todo mundo tenha uma boa noção para si de qual é esse assunto.

O nível de preocupação sobre esse "assunto" no dia também tem ligação com o sonho; nos dias mais tensos, ou mais ricos em experiências novas e diferentes do comum, é mais fácil, por assim dizer, sonhar. Em outros mais tranquilos, sem muita preocupação ou mesmo monótonos, os sonhos demoram a vir - quando vêm - e talvez nesses dias eles possam dizer alguma coisa a mais sobre nós, se é que eles possam dizer alguma coisa, pois as preocupações e experiências novas de certa forma "tendenciam" o sono, e nos dias em que não há nenhum nem outro, a mente está mais "liberta" para sonhar, sem qualquer amarra com o assunto do dia. Começarei a observar mais os sonhos nestes dias. Posso estar acreditando numa grande bobagem, e essas coisas que pensei podem ser tremendas bobagens, mas eu acredito, pois eu sinto isso, e por mais que não possamos acreditar na nossa memória, pelo menos em certos pontos dá para se acreditar, e é isso que farei.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Impressões de viagem : Punta Del Este (1)

Depois de dois dias em Montevideo, decidimos ir pra Punta Del Este, famoso balneário da América do Sul, auto-proclamado "capital turística do Mercosul". Fomos num Domingo pra lá. E como toda a praia relativamente perto de cidades maiores, domingo de tarde esvazia, as pessoas vão para suas casas, e, quando não é epoca de veraneio, tudo fica naquele clima de "cidade-fantasma".

Punta estava assim. A linda orla de muitos prédios chiques, vazia. Nas avenidas, poucos carros - mas dentre os poucos, só carrões. Procuramos um hotel pelas cercanias do centro, onde fomos deixados por um simpático uruguaio dono de restaurante em Punta, e achamos bem mais fácil que Montevideo. Mais caro a diária, mas pouco comparado a inúmeras outras coisas que em Punta são muito mais caras que em todo o uruguai. Hotelzinho simpático, o dono acostumado com brasileiros arranhava um português, a comunicação se tornou mais fácil. Conversamos bastante com ele, que disse que até um dia anterior o hotel dele estava cheio - agora estava vazio - pois tinha um torneio de Poker no Cassino Hotel Conrad, e esses torneios costumam unir muita gente de fora, brasileiros em peso.

Ah, os Casinos! Punta tem muitos, em sua maioria estatais, e o Conrad, o maior e mais famoso da América Latina. Depois de descansarmos no hotel, caminhamos até lá. O prédio é realmente de encher os olhos; mas o que nos surpreendeu foi a facilidade de se entrar lá, de andar pelos aposentos chiques tranquilamente sem ninguém incomodar. O chão, todo entapetado, era um deleite para nossos pés cansados de ficar em pé;os inúmeros sofás chiques espalhados foram ocupados por nós sem cerimônias. Sentamos bem no do enorme hall de entrada e tomamos um mate, meio receosos com a tranquilidade com que se podia fazer (quase) tudo ali sem se preocupar com nada. As pessoas em volta , em sua grande maioria, vestidas com trajes chiques, vestidos longos, sapatos de salto alto, ternos, jóias... E nós ali, de all-star, mochila, casaco jeans e tomando mate. Pena que a água acabou no segundo mate de cada um. Ficamos ainda umas duas horas por lá, conhecendo os aposentos do Conrad, usando o banheiro gigante e bem cheiroso, até jogando no Cassino - só se podia jogar em dólares, trocamos os pesos e jogamos míseros 2 dólares. E perdemos.


O Conrad





Eu bem sentado num dos diversos aposentos do Conrad. ( tá um pouco escura, não consegui clarear direito)


Tenho mais algumas fotos, coloco depois e conto algumas outras histórias junto.

domingo, outubro 23, 2005

Impressões de viagem: Montevideo (3)

Voltando aos relatos de viagem, algumas fotos de Montevideo.




Da parte "praiana" de Montevideo, AO fundo, os prédios da orla da praia de Pocitos.





Descansando um pouco, nessa mesma orla, perto do Iate Clube.







Na tradicional feira de Tristan Návaja, que funciona todos os domingos de manhã. É uma grande feira de camelôs, antiquários, comidas, roupas, discos, artigos tradicionais do Uruguai, e tudo o que mais se imaginar. ( as minha caras nas fotos é sempre a mesma. Não sou fotogênico. :)


Amanhã conto de Punta Del Este.

sexta-feira, outubro 21, 2005

Na Linha de Sombra

Dando uma breve pausa dos relatos de viagem, um trecho interessante de um livro ótimo - A linha de sombra, de Joseph Conrad.

Apenas os menos jovens têm tais momentos.(...) Fecha-se atrás de si o pequeno portão da mera meninice - e adentra-se um jardim encantado. Até as sombras aqui resplandecem cheia de promessas. Cada curva de vereda tem suas seduções. E não porque se trate de um país desconhecido. Sabe-se muito bem que a humanidade toda já trilhou aquela senda. É o encanto da experiência universal, da qual se espera extrair um sensação incomum ou pessoal - um algo que seja só nosso.
Vai-se reconhecendo os marcos dos predecessores, excitado, divertindo-se, aceitando a boa como a má sorte - as roas e os espinhos, como se costuma dizer - o pitoresco lote padrão, que guarda tantas possibilidades para os mrecedores, ou talvez para os afortunados.
Sim. Vai-se adiante. E o tempo, também, caminha - até que se percebe logo adiante uma linha de sombra avisando-nos que também a região da mocidade deverá ser deixada para trás. Este é o momento da vida no qual os tais momentos de tédio, desânimo, de insatisfação costumam aparecer.


Às vezes me pergunto se já passei da linha de sombra; se umas horas tenho certeza, outras fico na dúvida. Talvez esteja pra sair, ou já saí e não percebi ainda?

quinta-feira, outubro 20, 2005

Impressões de viagem: Montevideo (2)

Continuando...

Montevideo tem dois lados meio distintos:

O centro,da Plaza Independecia até perto do porto e do mercado público, que é a parte conhecida como Ciudad Veja, onde surgiram as primeiras povoações. É uma península no Rio da Prata: o porto fica na ponta da península, e o começo da Ciudad Veja fica no meio. Seguindo em direção da Plaza ao porto, pode-se olhar para os dois lados e encontrar água. É como Porto Alegre: estando parado no calçadão da Andradas, olhando para a Praça da Alfândega, por exemplo, o rio Guaíba está na frente e nos dois lados, sendo que atrás de ti é que está o continente. Montevideo é a mesma coisa.


uma das ruas da Ciudad Veja


As praias. Sim, há praias em Montevideo. Elas são distante alguns quilômetros do centro, mas nada que um ônibus não resolva. Pocitos é a primeira de inúmeras que vêm a seguir, todas com uma excelente infra-estrutura, calçadão, uma linda orla com inúmeros prédios chiques, enseadas e tudo. Há uma boa faixa de areia em cada praia, aquelas areias mais escuras, dura, mas a água não é muito aconselhável para o banho, embora sempra haja alguns corajosos. É uma região muito bonita, cheio de gramadões verdes para se sentar, deitar, ler um livro, e um bom lugar para se fazer uma corrida, já que o calçadão acompanha todos a área entrecortada das praias, que dão no total quase 4 quilômetros. É considerada uma área nobre da cidade, há bastante restaurantes, lojas e prédios finos, além do Iate Club, tradiconalmente lugar de elite, onde ficam alguns pequenos iates, lanchas e outros barcos atracados.
As fotos dessa parte virão depois, não descarreguei elas ainda.


As uruguaias

As uruguaias são "cult". A grande maioria anda vestida no que aqui consideramos como "cult", pelo menos. All-Star ou um genérico, calça jeans, uma blusa e um casaco, franjas no cabelo negro. Quase que nem os indies daqui. A diferença é que ,se aqui é exceção esse jeito, lá é maioria. Não há patis, não se vê mulheres de salto na rua - salvo as que tem de trabalhar com ele -, não se vê quase muita produção para se sair na rua, como geralmente acontece por aqui. Assim, a beleza delas é mais rústica, natural.
E, puta que pariu, são muito belas! Morenas, cabelo comprido quase sempre, olhos calros, magras mas boas de corpo - há pouquíssimas gordas, pelo menos das que saiam nas ruas . O que mais se vê por lá são morenas magras de olhos claros de All-star, o que seriaum paraíso, se elas não fossem , digamos, arredias. Nas andanças noturnas, poucas davam conversa, tanto para uruguaios quanto para estrangeiros - que, por sinal, são bastantes por lá ; encontrei dois espanhóis e dois ingleses perdidos como nós , deu até pra arriscar um inglês, andamos juntos por um tempo, até que eles decidiram entrar num lugar e nós ficamos andando mesmo. Mas voltando às uruguaias. Elas andavam pelos circuitos de pubs rapidamente, dando uma leve olhadinha para os em sua maioria homens que estavam nas mesas de fora dos bares, como que para se assegurarem de que eles vão retribuir o olhar e elas continuaram andando, como se não tivessem olhado. Caí muito nesse joguinho delas até perceber que era um jogo que já se começava perdido pra mim. Deixei elas pra lá e fui tomar minha Pilsen litro.

Em um bar/boate que entramos por lá (AlmodoBar o nome, criativo), tivemos a triste verificação de que nosso "espanhol" não é suficiente para se trovar uma uruguaia. Ainda mais uma uruguaia, arredia a uma aproximação simples e corriqueira por aqui.
O lugar. Como os daqui, nada de diferente. Só a banda, um trio de rock com uma mulher no vocal,que por aqui não seria digna de tocar num lugar como esses. Muito ruim. Som péssimo.
Algo comum no lugar , e nas ruas também, era ver gente tomando uma garrafa de litro de cerveja no bico, sem qualquer cerimônia. O que aqui é coisa de bêbado, lá é normal. Muito estranho.

Mas, enfim, ainda caso com uma uruguaia daquelas.

Impressões de viagem : Montevideo(1)

Aos poucos, vou relatando algumas impressões que tive dos lugares por onde passei, algumas coisas que só amadurecem depois de um certo tempo.

Montevideo (traduzido para o português, fica Montevidéu, mas eu prefiro o original) é uma cidade calma. Na parte central, tudo gira em torno da Avenida 18 de Julho, que é onde ficam os principais bancos, praças, sedes de governo, prédios históricos e administrativos do Uruguai. Mesmo com tudo concentrado ali, as coisas parecem funcionar tranquilamente; os ônibus velhos andam nos seus lugares, as pessoas caminham na calçada e não na rua, o chão é limpo em comparação com cidades do mesmo tamanho, as sinaleiras funcionam, quase não se ouve barulhos de buzinas, tudo parece estar em harmonia.


eu na Plaza Independencia, ao fundo a 18 de Julho.

Mate

Um fato curioso é que, independe da hora do dia, os uruguaios sempre carregam a térmica e a cuia para o mate. Pude conferir isso de manhã bem cedinho, pelo meio dia, depois do almoço, à tardinha, até à noite... sempre com o mate, tantos os jovens quantos os mais velhos, mulheres e homens, seja na 18 de Julho ou nas ruas paralelas menos movimentadas.
Algo que me intrigou de início é que o mate parecia um chá, não tinha o tradicional morrinho que fazemos por aqui, era a bomba perdida na cuia sem lugar certo, como um canudinho em um copo de refri. Depois, comprei uma erva num mercado e percebi o motivo disso: a erva deles é muito ruim. Fina, parece aquele pó de se fazer chá-mate, não há morrinho que dure - ainda mais com aquele vento forte que sopra em Montevideo . Tentei fazer um morrinho, mas já no terceiro mate tudo desabou, e meu mate ficou igual ao dos uruguaios. Ainda assim continuei tomando, e ele até que demorou mais do que o normal para ficar "lavado". O gosto é um pouco mais fraco que o nosso, acho que por a erva ser mais fina, mais misturada que a nossa. Mas, definitivamente, o nosso mate/chimarrão é melhor.

Carros

Os carros são quase todos de motor à diesel. Nos acostumamos aqui a ver só caminhonetes, ônibus, caminhões - veículos grandes em geral - com esse tipo de motor, e reconhecemos aquele ronco caracterísitico que o carrom acaba fazendo quando um desses se aproxima. Mas lá, caminhando pelas ruas, parava numa esquina para atravessar e ouvia aquele ronco que , para mim era característico de carro grande, vindo de tudo quanto é tipo de carro, principalmente dos pequenos , corsas, celtas, clios, gols, paratis, todos esses. Estranhava muito, o que me fez ficar cuidando para ver se encontrava algum carro que não tivesse aquele ronco, mas era extremamente difícil. Numa proporção de cabeça, diria que de 90 a 95% dos carros uruguaios são à diesel.

Percebe-se que o DETRAN deles não fiscaliza muito os carros velhos. Há de todos os tipos; fusca caindo aos pedaços, corcel sem uma lasca de pintura, fubicas não se sabe como andando de tão velhas, até mesmo carros novos com batidas no parachoques não consertadas, com a porta estragada, o vidro de trás quebrado.
Há uma justificativa para isso, acho eu: encontrei um carro desses velhos, mas ainda não caindo aos pedaços, por 9000 pesos, o que dá algo perto de R$ 900 reais. Muito barato se comparado aos daqui.

As marcas dos carros de lá são quase as mesmas dos daqui,e não poderia ser diferente, já que a grande maioria é importado do Brasil e da Argentina. Há um ligeiro maior número de carros da Renault que aqui, assim como também acontece na Argentina, onde as fábricas da montadora francesa são mais antigas .No mais, é a mesma proporção nossa, Fiat, Wolksvagem, Ford, GM, etc.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Volta à realidade

Pois bem, depois de alguns dias viajando (mais especificamente 6 dias), a volta a realidade sempre é cruel, as lembranças dos lugares visitados sempre tornam a comparação com a nossa casa desigual, por melhor que nosso lar seja, e demora-se alguns dias até que as lembranças diminuam o , digamos, "domínio de sensações" que as memórias da viagem a todo momento se fazem lembrar.
Hoje é dia de sol forte, calor mas com vento; o mesmo clima de praticamente toda a nossa viagem pelo Uruguai, então saio na rua e lembro do Uruguai, dos lugares que o vento forte causou algo interessante que me fez lembrar mais do que outras coisas e assim por diante. Mas com a quantidade de viagens vem também uma mais rápida "acostumação" da realidade.


Aos poucos, vou colocando impressões de lá, fotos e outras coisas, já que o que era para ser um diário de viagem se tornou apenas um meio diário - um terço de diário - principalmente pelo difícil acesso à cybercafés pelo caminho, mas também por ser mais díficil "analisar" um lugar, contar impressões , estando nele. Um certo distanciamento é saudável para se que as lembranças amadureçam...




Essa é a Peatonal Sarandí da Ciudad Veja, bem no centro de Montevideo. Basicamente, é um caminho de algumas quadras de um tipo dum calçadão onde ficam bares, restaurantes, lojas, antiquários, praças, e que a noite é onde se concentram o movimento das pessoas. Nas ruas paralelas ao caminho há uma grande concentração de pubs, dos mais variados gostos. Os uruguaios gostam muito de se sentar nos pubs, tomarem suas cervejas de litro (Pilsen, preferencialmente, mas também Norteña, Patricia, Heineken...) e conversarem bastante, ao som de rock,tango, música flamenca e mais outros estilos, mas em sua maioria esses. Há bastante jovens, mas também há bastante adultos de seus 30, 40 e até 50 e poucos anos. Em sua maioria, mulheres. Mas essas merecem um capítulo à parte, que eu deixarei para amanhã ou depois.

sábado, outubro 15, 2005

Diário de Viagem (2)

Buenas, cá estamos. Nao consegui postar ontem, esgotou o tempo, uma falha grave que pretendo consertar hoje.

Na quinta, pegamos 3 caronas até Livramento. Em Sao Vicente, a coisa foi complicada, demoramos quase duas horas, mas , por sorte, pegamos uma bem na hora que comecou a chuver. E que chuva! No caminho para Cacequi, choveu até pedra.

Chegamos pelas 8 em Livramento, jantamos e conseguimos pegar o onibus da meia noite e meia para Montevideo. Chuvia bastante, estávamos cansado, acabou sendo a melhor alternativa.

6 horas chegamos em Montevideo. O horário de verao aqui já está em vigor, adiantamos o relógio em uma hora e fomos andar pela cidade. Temperatura agradável, amanhecendo , as pessoas indo trabalhar.
Aqui as coisas giram em torno da Avenida 18 de Julho, a principal da cidade. Nem parece que a cidade tem mais de um milhao de habitantes, as coisas sao tudo meio perto, tudo em volta dessa avenida.

Depois de andar nos arredores da 18 Julho atás de um hotel bom e barato, acabamos achando um nem tao bom, nem tao barato, mas suficiente, na avenida Uruguay esquina com a Rio Branco, tres quadras da 18 de Julho. Alpey o nome do hotel. Conseguimos um desconto de alguns pesos com o gerente-porteiro e fomos para o quarto, que fica numa ala onde era um casarao antigo, com aqueles corredores enormes, o chao de madeira que faz ressoar longe os passos. O quarto é simples, grande.




Descansamos um pouco (umas 3 horas) e fomos conhecer a cidade. Tiramos umas fotos, conhecemos os arredores da plaza Independencia, que é bem o centro da cidade, as ruelinhas que lembram bastante Cuba, os arredores do porto. Tomamamos uma Pilsen no Mercado Publico...



Conhecemos mais alguns lugres, tomamos um mate na beira do Rio da Prata. Aliás, mate é algo que todos uruguaios tomam, na rua a castelhanada toda anda com sua térmica debaixo do braco e a bomba atravessada nos queixo...
De noite, fomos conhecer os bares, tomar algumas cevas, etc. Mas como nao tenho muito tempo, quando chegar conto mais detalhes (ou nao...)

Ficaremos aqui até domingo, depois vamos subir o litoral uruguaio até o Chuy, onde pretendemos chegar segunda ou terca...

Outra foto por lá...



P.s 1 Uso o plural porque estamos eu e o André.

P.s 2 Nao me adaptei ao teclado daqui, que é bastante diferente. Entao algumas coisas saem estranhas, sem acentos principalmente...

quinta-feira, outubro 13, 2005

Diário de Viagem (1)

Estamos partindo ao meio dia. Espero estar à noite em Santana do Livramento, mas nessas andanças nunca se sabe, então não me surpeendo se , à noite, estivermos em:

a)Uruguaiana
b)Alegrete
c)Rósário do Sul
d) Bagé
e)ainda São Vicente do Sul

Qualquer outro lugar - fora Livramento, claro - vai ser surpresa. O calor, o sol forte até ajudam a conseguir carona, mas a chuva que promete vir amanhã pode ser um empecilho para os futuros planos. Mas o bom dessa vida é que nunca se sabe: o que em determinada circunstâncias poderia ser motivo de apreensão, aqui pode ser motivo para se surpeender com a capacidade de se enfrentar adversidades. Algo como um tempero forte, que dá um gosto tão bom na comida que depois não se imagina como nós queríamos comer aquela comida sem o bendito tempero.

terça-feira, outubro 11, 2005

Experimentações (literárias?)

Como tudo aqui, esse texto está sujeito a alterações. Aliás, mais do que os outros, pois esse certamente irei alterar depois, mas posto hoje para ver o que mudarei na vez em que alterá-lo.
Um experimento para comprovar que muito do texto, principalmente o final, depende do estado de espírito em que estamos na hora de escrevê-lo, e que é bastante saudável , na maioria dos casos, deixar o texto amadurecer, como um bom vinho, para passado algum tempo ver se ele ainda conserva o mesmo sabor sentido logo depois de seu término, ou se aumentou, diminiui, mudou completamente.




Eu queria passar na ponte de carro e nadar, só isso.
Então, decidi que era hoje que iria até lá, naquela noite. De uma festa que estava ruim demais, onde o champanhe tinha gosto de sangue e as pessoas fingiam que isso era bom, fui de carro até a ponte, que era distante da festa alguns bons quilômetros. Em um cruzamento já afastado da cidade, peguei à direita numa estradinha de chão batido e de lá segui até a ponte com os milharais me acompanhando, bêbados, agitados, gritando para tentar me dispersar, e , quem sabe, me fazer dormir com eles, ali mesmo.

Chegaram a gritar tanto que perderam a voz, e a lua finalmente conseguiu ouvir meus apelos e se tornou minha guia. Naquele céu estrelado, sem uma nuvem, ela funcionava como um farol para um barco que sabe onde está a costa, mas está embriagado o suficiente para não lembrar mais onde atracar.

Depois de algum tempo no imenso silêncio, cheguei na ponte. Ela estava ali como sempre esteve, me esperando, e dessa vez parecia mais linda ainda – cortesia da minha guia, que a iluminava como um grande sol num filme preto-e-branco. Não tinha muito controle dos meus atos, mas os meus sentidos estavam até mais aguçados, e talvez por isso consegui escutar com clareza a limpidez das águas, o bater suave nas pedras, a correnteza forte que levava tanta água que eu comecei a achar que as pedras não iriam agüentar, principalmente uma menor que estava sozinha, metade fora metade dentro d’água, tão pequena e inocente para estar ali, ao lado de tantas maiores e resistentes, como que esperando o destino cruel que a levaria rio abaixo até a grande cachoeira que o partiria em vários pedaços.

Parei o carro em cima da ponte, tirei o terno apertado, e , nú, me joguei dali de cima. Por algo que eu não entendo até hoje, não lembrei de mais nada depois. Sei exatamente do que aconteceu antes da onda preta aparecer. Foi assim: quando me joguei, vi as águas correndo, bem escuras, a pedrinha solitária ali me chamando, Venha se juntar a mim vamos ser solitários juntos, e algumas espalhadas que foram ficando cada vez mais juntas, maiores, e então veio uma onda meio amarela nos olhos e depois a preta, o breu.

domingo, outubro 09, 2005

Uma crônica

Eu fiz essa crônica com a intenção de mandar para um concurso de ex-alunos da UFSM. Como eles abriram para os alunos atuais, pensei em fazer. Mas precisava de um "padrinho" entre os ex-alunos. E eu não consegui nenhum. Então, vou colocar ela aqui mesmo, pelo menos alguém vai ler.

AH! É uma história verídica.

O MATE COM PAIEIRO NO CAMPUS

Certa vez, alguém me disse que fumar um paieiro e tomar um mate no campo, deitado, olhando para o céu muito mais estrelado que o normal na cidade, era algo espetacular e indescritível, daquelas coisas que um homem deve fazer algum dia na vida – assim como plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho, segundo aquele ditado bem conhecido. Como na época não fumava e era um recém iniciado no mate - ainda não era capaz de sentir verdadeiro prazer a ponto de tomar um sozinho – achei que isso era bobagem. Era invenção de quem tinha lido As aventuras de Tom Sawyer, do escritor americano Mark Twain, e resolveu adaptar a situação lida às tradições gaúchas, pensei. No livro, Tom e seus amigos, no desabrochar da flor da infância para a adolescência, tem como um de seus grande prazeres ir para as matas além da vila onde moram, na beira do grande rio Mississipi, e sentar-se por lá, fumando um paieiro. O prazer se dá mais pelo proibido da situação do que pelo prazer propriamente dito causado pelo fumo. Tinha escutado isso há bastante tempo, na minha já distante infância no interior.


Pois bem. Numa dessas andanças de carro pelas noites do inverno santa-mariense, lembrei dessa história. Como naqueles estalos que vêm muito depois de se querer, subia a Fernando Ferrari com mais dois amigos , a cabeça grudada na janela do lado olhando para o céu límpido, quando surgiu a idéia:

_ Vamos fumar um paieiro e tomar um mate no bosque do campus!

Silêncio sepulcral de 3 segundos. A resposta veio do meu lado, no banco do motorista:

_ Ué, vamos. Nesse frio...
_ Fazemos uma fogueira, daí! – disse o de trás.

Todos concordaram.
Passamos em casa, pegamos cuia, térmica, bomba, esquentamos a água. Passei no quarto do meu pai e busquei lá no fundo do roupeiro, dentro de uma caixa de sapato, o fumo em corda e as palhas in natura, saídas direto do milharal . Fomos.

Era depois da meia noite, estava perto duns cinco graus na rua. No caminho, pensamos , dentre outras maluquices, em alguma forma de despistar o guardinha da entrada do campus, que achamos que iria complicar com a nossa presença ali àquela hora . Mas era tão mais fácil falar que íamos visitar um amigo na casa do estudante que nem pensamos em inventar alguma história mirabolante.

Da entrada fácil (nem perguntaram nada, apenas pediram o RG de cada um, sabe se lá pra quê) até estacionarmos em frente à reitoria foram três minutos contados no meu relógio. O campus estava vazio, com algumas poucas luzes e barulhos vindos do primeiro prédio da CEU II , aquele mais antigo.

O bosque praticamente tem só aquelas árvores de tronco alto, com muitos metros acima da nossa cabeça, e isso o torna , principalmente à noite, bastante assustador.
Na entrada, olhei para cima e - eu senti isso, juro – pareceu que as árvores se tornariam enormes guardas com armaduras, lanças e escudos só esperando que entrássemos para desferir o golpe mortal que nos desacordaria, para , no outro dia , início da manhã, algum guarda do campus vir nos perguntar “o que vocês fazem aí a essa hora?”.

Entramos devagar, olhando bem para os lados. Apesar de dar medo, a visão era muito bonita, a claridade do céu estrelado entrava pelo meio das árvores, dando um belo contraste claro/escuro no chão. Era como se estivéssemos num filme preto e branco, e o estar ali , bem no meio do bosque, longe o suficiente pra vermos a saída em um pontinho branco lá no fundo, nos dava a nítida sensação de fazermos parte de um filme de faroeste americano, justamente naqueles momentos da parada para descanso da turma do bandido – que normalmente acontece em matas, para evitar a exposição que traria uma área mais aberta.

Passada a ponte sobre o riachinho, alguns metros à direita da estrada, sentamos num tronco caído, colhemos uns tocos de lenha ali pela volta, e fizemos a fogueira. Sentei, olhei para o céu entre as árvores, vi as Três Marias brilhando como nunca , tirei o fumo em corda. O aroma forte de fumo caseiro que saiu nos embriagou de vontade de fumar. O fogo já estava estabelecido, o mate já começava a rodar pelas seis mãos presentes; piquei todo o fumo, juntei a palha, acendi e soltei aquela tragada forte que só os bons fumos possibilitam. Passei o paieiro, recebi o mate, e aquela água quente na garganta desceu como nunca, deixando o gosto forte e amargo do fumo ainda mais forte e amargo, infinitamente mais agradável.
Nem lembrei mais do frio, do medo, dos bandidos, do contraste, das árvores enormes nos vigiando (ai se elas contam para o reitor!), dos guardas, das luzes já tão longe.

Só levantamos dali quando acabou a água.

quarta-feira, outubro 05, 2005

Luto

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Devido à morte do meu vô.

Grande pessoa, honesto, trabalhador, criou uma família linda a custo de muito trabalho e reza. Saiu do interior do interior, veio pra cidade, abriu uma empresa, criou e educou 10 filhos, todos bem sucedidos profissionalmente (engenheiro, administradores de empresa, médica, professoras, fisioterapeuta, jornalista), sempre ajudou quem precisava das mais variadas formas, sempre tão simples e correto nas suas idéias.
Um grande ídolo.
Se alguém conseguir ser metade do que ele conseguiu ser nessa vida já pode se sentir orgulhoso de ter sido alguém muito importante para uma cidade.




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domingo, outubro 02, 2005

Lista

Inspirado em um colunista de um site de cultura pop aí, vou abrir a lista com todas as músicas minhas no winamp e deixar tocar no modo aleatório. As 8 primeiras que tocarem eu comento alguma coisa aqui.

1) Hellacopters - Take me on
Boa música da banda de hard rock lá da Suécia (ou seria Dinamarca?, não lembro). Pesada, rápida, com aquele solinho clássico de hard rock no meio e depois a repetição do refrão, e um outro solo vai tocando até o final, junto da voz.

2)Mundo Livre S.A - E a vida se fez de louca
Sambinha dos pernambucanos do Mundo Livre, banda que apareceu junto da Nação Zumbi na explosão MangueBeat. A letra é meio algo como socialista/crítica ao capitalismo com uma história de amor. O cavaquinho toma a frente da condução da melodia, mas tem uns barulhos eletrônicos e uma pitada rock na bateria, tudo bem característico da banda. " Deus me dê fígado porque temos uma vida pela frente" realça o tom "música de boteco pra se tomar cerveja discutindo a situação do mundo".

3) Teenage Fanclub - Alcoholiday
Power-pop clássico do quarterto inglês. Uma guitarrinha pesada, uma letra melosa loser, um vocal meio choroso = melodia extremamente assobiável, que gruda na cabeça e só sai dali se substituída por outra completamente diferente.

4) Franz Ferdinand - Michael
Essa é a legítima música de gay. Faz vários dançarem freneticamente e boiolamente.
A letra: "So sexy, I'm sexy,so come and dance with me Michael" e a entonação da voz, meio que sussurando no ouvido, é de uma viadagem suprema, quase um convite para dois viados se esfregarem e cantarem um no ouvido do outro a letra. Mesmo assim, uma boa banda, e a música diverte, a melodia é bem típica do pos-punk alegre dos anos 80, apesar de a banda ser de hoje.

5) Andromeda - Too Old
Banda do final dos anos 60 que descobri por acaso lendo uma revista. Rock'roll tradicional, psicodélico. Boa para aquelas festas "revival" e para se agitar um pouco antes de sair para uma festa que só vai tocar música "dançante".

6)Jeff Buckley - Mojo pinEssa é triste. Aliás, na voz do Jeff Buckley quase tudo fica triste. Alguns sussuros no início, gritos bem afinados ( ele canta muuito), uma letra bem, digamos, poética. A maioria das letras dele é assim, profundas, de fazer a gente pensar e a forma como ele canta as letras dá uma angústia, parece que ele sofre em muito em ter de dizer aquilo. Um rock com um quê de folk por causa da guitarra quase sem distorção, que em momentos lembra um violão. O refrão: "Don’t wanna weep for you, I don’t wanna know
I’m blind and tortured, the white horses flow , The memories fire, the rhythms fall slow Black beauty I love you so"
. É uma versão ao vivo, que é ainda mais emocionante.

7) John Frusciante - Carvel
O guitarrista do Red Hot é um cara esquizofrênico. Quase morreu de tanto se chapar, voltou pra banda e agora té limpinho. Mas as sequelas continuaram pra sempre...
Os mais recentes albuns solos dele são excelentes, baladinhas no violão e a voz , se não é das mais afinadas, pelo menos não compromete. As melodias levadas quase sempre ao violão são belíssimas - é aí o ponto forte dele - mas aquela "loucura" está sempre presente nas músicas, seja na forma dos gritos angustiados dele ou na levada do violão, no ritmo...

8) Mad Season - i'm above
Projeto paralelo do vocalista do Alice in Chains, Layne Staley, com o guitarrista do Pearl Jam, Mike McCready, e mais dois ex-integrantes de bandas de Seattle. Muito bom. Tem um toque "blues", uma percussão meio world music( em algumas músicas, algo que inexiste nas bandas originais dos integrantes . É um som mais calmo, a guitarra soa mais limpa, menos pesada, com us toques psicodélicos até. E a voz do Layne... Continua excelente como sempre, mais dosada de gritos do que com o Alice in Chains.
A música é do único album deles, Above, que é de 95.

sábado, outubro 01, 2005

A felicidade nunca me trouxe boas histórias

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_ A felicidade nunca me trouxe boas histórias...
_ Tá, e tu é um personagem ou um ser humano? de que adianta boas histórias e uma vida infeliz?





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