quarta-feira, agosto 31, 2005

Se esqueça de tudo

Ande logo
e vá na frente
conte a novidade
não se esqueça do principal


não atropele os fatos
e
esqueça das mentiras
elas irão lhe fazer falta
quando vierem lhe contar:

O principal era uma mentira!

terça-feira, agosto 30, 2005

Contradigo-me

Contradigo-me? Pois bem, contradigo-me.
Sou amplo. Contenho multidões.


Walt Whitman

Na beira

A onda vem me cobrir,
na noite escura?

uma beleza não correspondida
estar longe de tudo,
perto de tão grande poder

mas hoje, é um adeus
tão solitário
como todos
não definitivo
mas com a mesma força
e com o mesmo final

A onda vem me cobrir na noite escura

cada pedaçinho, cada retalho
cada caminho, cada estrada
Para onde vão?

fogem
ela leva todos
e deixa mudanças
tão drásticas quanto consegue
efêmeras, imperfeitas
belas, também, mas inúteis

quanta coisa que eu não vejo!

segunda-feira, agosto 29, 2005

And...


And I thought, if I told the right lies...
But these Mockinbirds... won't let me shine






Grant lee Buffalo - Mockingbirds

Adios los niños

Adios los niños,
está na hora de se refestelar com a pobreza que nos permeia,
compreendermos a busca inerente ao nosso coração,
ir atrás do cego viajante da estrada deserta
e perguntá-lo se ele não quer companhia para a nobre caminhada
ir atrás
fazer reverência ao mais puro dos viajantes
guiá-lo, e irmos juntos para a sobrevivência esquecida
chegar numa ponte e se imaginar embaixo dela,
como um cãozinho perdido esperando por um dono que saberá que não vai vir
pelo menos não tão cedo
e , assim, caminharemos pela existência absoluta e incompreensível
por longos anos, longas vidas
buscando encontrar a pobreza outrora espalhada
e agora esquecida, mas não perdida, e jamais abandonada
junta do cãozinho

Mudança de direção

Mudanças à vista, o barquinho parece que viu que remava sozinho nos mares perigosos da solidão e da soberba e , inconsequente como ele só, nem se dava conta que andava cada dia mais e mais para o fim, para onde a soberba e a solidão poderiam causar a destruição quase por completa do barquinho, e que , se ainda sobrasse alguma coisa lá no fim, seria muito difícil arranjar alguém para reconstruí-lo. Depois de uma reunião com outros barquinhos ele pode perceber que não mais tinha como ir , sempre, contra o caminho que seus companheiros faziam. A loucura estava começando a se tornar o guia preferencial do barquinho, o leme que guiava mais e mais para o fim dos mares.

Agora que percebeu o erro que cometia, o barquinho resolveu mudar sua direção e ir atrás de todos os seus amigos, afinal, ele não acredita mais que é o único que está sempre certo, apesar de sua intuição ainda lhe mandar continuar com seu caminho antigo. Mas, enfim, o barquinho deu a volta, mudou de rota, e está indo para o outro lado. Mesmo assim, é um longo caminho para a volta e , apesar de estar com pressa para encontrar seus amigos, também entende que não é uma boa hora para se apressar as coisas, o mais certo a fazer é ir devagar, com a calma e a tranqulidade de quem percorre um caminho pela segunda vez. Mas a mudança de rota recém começou...

terça-feira, agosto 23, 2005

Encastelado por não fingir

" Eu morava num castelo, mas eles não sabiam. Mesmo antes deles nascerem, eu já morava no castelo, encastelado. "

Sinceridade demais, mas ao mesmo tempo facilidade em mentir, mas mentir para consertar erros decorrentes do excesso de sinceridade. Mas porque sinceridade em excesso faz mal? Talvez porque faz parte das relações humanas o fingir que se é algo que não é, e o fato de alguém ser 24 hrs ele mesmo incomoda os que fingem um determinado comportamento para cada situação diferente que, aparentemente, peça um diferente tipo de atitude que não está no comportamento original, daí talvez o fingimento. Bom, o comportamento original não está em só dizer verdades, mas em ser sincero em tudo o que se diz, mesmo quando é mentiras que se tem que dizer, porque ninguém diz mentiras/ verdades exclusivamente.
Pessoas sinceras demais não são benquistas pela grande maioria das pessoas, pois quando uma mulher vem perguntar se ela está gorda, ou se está bonita, ela quer que se minta para ela, que fale o que ela quer ouvir, e se ela não ouve o que quer ouvir fica irritada, pois já é de certa forma convencionado que se minta nessa horas. Talvez, ser sincero é ir contra as convenções pré-definidas.

Cortazarianas beatnik (2)

A verdade seduzida pelo enfeitiçador de serpentes, que com sua flauta mágica faz todas as verdades serem as mesmas, reduz todas a mera música de melodia hipnotizante e que, depois do fim do espetáculo, voltam para os lugares de onde saíram, já transformadas, e como uma onda de melodias infinitas elas molham cada foco de verdade ainda não transformada, na tentativa de parecer algo que não pensaram em ser, mas que seduzida pelo enfeitiçador, se transformaram.

sábado, agosto 20, 2005

Experimentações pós-trago

O estado pós-trago em que me encontro não permite qualquer refelexão coerente com alguma coisa, mas mesmo assim incita a descobrir outros ângulos de abordagem para coisas já conhecidas.

Engraçado é essas coisas que falam sobre oportunidades, sobre perder oportunidades... em pós-festas , é comum as pessoas terem uma certa depressãozinha, um sábado/domingo melancólico e sonolento ,até mesmo quando "se dão bem", o que, no caso de estar solteiro, ser homem e estar bêbado inevitavelmente quer dizer pegar uma loca. Nessa questão, sempre se pensa uma coisa: porque diabos a mulher tende a esconder que ela quer, afinal, o mesmo que o homem busca? Claro, faz parte dos trâmites de relacionamentos o dito "se fazer", o dificultar para depois a recompensa vir, depois dos quatro papéis que a embrulhavam serem vencidos e o presente vir com alguns brindes, ainda. Mas acontece que o desembrulhar demora demais, e acaba que tanto o homem quanto a mulher perdem boas oportunidades de se divertirem, de aproveitar situações que , para serem criadas novamente, um certo tempo terão que esperar. Seria interessante se homem/mulher buscassem e demonstrassem o que querem já no primeiro momento, não se demorassem com bobagens.
Assim, os dois não desperdiçariam tempo, experimentariam situações novas e diferentes, conheceriam-se, e se depois não se quisessem mais, tudo bem, tchau, mas o fato de terem feito aquilo que na hora se apresentou da melhor forma já seria uma grande fonte de conhecimento e sabedoria para situçoões novas que eventualmente viriam a acontecer.

A experimentação nunca é demais . Seria tudo tão mais fácil se não negassemos, ou questionassemos tanto, para nós mesmos de que tal experiência deveria ser , sim, realizada...Ah, como seria...

sexta-feira, agosto 19, 2005

Novamente, o Buffalo...

Fuzzy, Grant Lee Buffalo.



Não me canso desse album, não adianta. Escuto alguma música dele pelo uma vez no dia, é quase como um vício. Suspeito que seja por causa da emoção que ele passa, da impressionante voz do Grant Lee Philips, aquele falsete dele em "fuzzy" , a música, é de arrepíar. Aliás, toda vez que começa a tocar eu me arrepio, aqueles dois acordes no violão, a percussão entrando devagar...
Uma descrição que eu fiz dele esses dias:

Fuzzy é um álbum para se escutar como se lê um livro, prestando atenção em cada frase cantada pela bela voz de Grant Lee Philips, nas melodias criadas pela união do quarteto guitarra, baixo, bateria e piano. Depois, as belas imagens evocadas pela junção palavra/som vão surgindo, aos poucos, e o filme vai ganhando consistência em nossos pensamentos. De repente, nem entedemos o porquê de estarmos sentado num saloon no meio do nada tomando o nosso whisky acompanhado de figuras lendárias da História americana , ou de estarmos numa estrada desconhecida e vazia indo para sabe se lá onde, ou mesmo andando por uma cidade que nunca pensamos que ainda existia, observando fantasmas passearem pelas calçadas de mão dadas e casais se beijando no canto escuro atrás da casa da esquina...

Suspeito que sempre fui um sujeito mais ligado a emoção do que a razão, ou que prefere o senso comum à teoria. Aquela velha história de sentir em vez de pensar racionalmente, e isso é determinante para o Grant Lee Buffalo ser uma grande banda para mim. O sentir é , de certa forma, arrogãncia, pois o confiar no teu sentir te faz desconsiderar muitas coisas que são verdade, que comprovadamente são verdadeiras, mas que , se não são sentida, para ti não passam de mentiras. Então, o que tu acha melhor acaba sendo o que definitivamente é melhor, e numa discussão qualquer o lado emocional não é bem vindo - muito menos será vitorioso em argumentos - porque uma discussão é eminentemente racional, cientìfica, por mais besta que seja, pois se procura argumentos ou exemplos e o teu sentir que não é aquilo não encontra muito argumentos nem exemplos por aí...

Mas o sentir não é algo que tenha explicação racional, é como uma mensagem extra-terrestre que chega diretamente pra ti, e só pra ti, de que tal coisa é verdade, sem muitas explicações do porquê dela ser...

Mas explicações, justificativas, porque temos que recorrer a elas se nos basta sentir?

domingo, agosto 14, 2005

O poder

"O poder não corrompe o homem; é o homem que corrompe o poder. O homem é o grande poluidor, da natureza, do próprio homem, do poder. Se o poder fosse corruptor, seria maldito e proscrito, o que acarretaria a anarquia".
Ulysses Guimarães (1916-1992) Ex-deputado.

Tá aí, mas e porque o homem polui o poder? Porque quer mais poder, mas e por que ele quer mais poder? Para se tornar mais forte e ficar mais difícil de perder o seu poder. Mas, afinal, por que diabos ele quer o poder?

sábado, agosto 13, 2005

Enquanto o fluir não vem

Ammmm
Porque que é que são 02:02 e eu nunca consigo pensar em uma idéia contínua que me faça escrever e CONTINUAR algo? Não, o fluir não aconteceu, mas tenho uma sensação de que ele está meio que pedindo pra ser incitado, escondido no canto esperando alguém sair para ele aparecer. O problema é que não sei de que maneira ele poder ser mais incitado do que o já exaustivamente tentado. As coisas surgem, se materializam em forma de (belas) imagens, ganham algum complemento, esboços de diálogos, e não continuam. Ficam ali armazenadas para uma próxima, que se existir não se lembrará de que já existiu. Então, a única forma que me parece válida de buscar o fluir é dizer coisas sem entender muito bem o porquê, non-sense absoluto, como que se dessa forma fosse mais fácil vir a verdadeira história, aquela que pede para ser contada urgentemente. Vou ter de esperar um pouco.

sexta-feira, agosto 12, 2005

Notas de uma história

Existe um certo receio de contar histórias que não estão prontas ainda, de tentar escrever alguma sem saber o final. Dizem que o final é a primeira coisa que deve estar definida, mas em muitas vezes só se tem o mote central, o que não é um problema tão grave,já que há aquela histórias que fluem, que te colocam em uma situação como a de um índio que recém tomou um chá de plantas alucinógenas e tem de voltar para a aldeia, e mesmo estando longe e chapado, ele sabe como voltar, ele "sente" a estrada, percebe que é naquele caminho da direita e não no da esquerda que tem uma baita de uma subida. O fluir da história é que te guia até o final dela, se ela (a história) realmente vale a pena ser contada.

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Vamos fazer um filme com Las babas del diablo. Assim como o Mighty Joe Moon não se controla e passa na ponte de carro e quer nadar, não pensaremos três vezes ao contar a história do Jupiter e sua amada ex-presidiária. Seria uma linda história de amor, que começaria numa feira colonial, onde Jupiter vem toda semana vender seus produtos. Seria pela manhã o encontro, no exato momento em que Jupiter está colocando seus produtos na cesta, em frente a sua tenda, e um desses produtos cai no chão e sai rolando, indo parar no pé de sua amada que ainda não é amada, mas quase. Ele fica de joelho e vai engatinhando atrás e encontra a melancia, que no caso era o produto, em baixo do pé da amada, que domina a melancia como um meia canhoto habilidoso domina. Ele olha para cima, aquela posição de inferioridade explícita, e então o sol que a essa hora está começando a ficar forte bate nos olhos de Jupiter e o que ele vê são contornos de uma pessoa que parece ser bonita, mas parece ser alguma criatura que ele não consegue iamginar o que seja, mas fica feliz ao notar que a criatura é bonita, sim, muito bonita, e ela então dá uma abaixadinha com a cabeça como se estivesse falando com uma criança de 4 anos e solta um indefectível Isso é seu , ao passo que ele tenta responder algo mas não lhe sai nada, e então ele desmaia e acorda em um quarto. Vem uma tomada de cima, pegando ele sentando na cama com as duas mãos coçando os cabelos, e então entra uma tomada da televisão a sua frente, que ele acabou de ligar, e está passando os Simpsons, mas ele não acredita quando a mesma ex-presidiária, que ele não sabe que é ainda, aparece no vídeo, com uma melancia em baixo do pé, na mesma posição que Jupiter tinha visto. Esfrega os olhos, dá dois tapinhas na cabeça, mas ela ainda está ali, e então ele decide pegar seu tênis e jogar na televisão, que acaba quebrando, e com o susto Jupiter desmaia, voltando a feira, a posição que estava antes de tudo isso, engatinhando olhando para cima e vendo aquela coisa que ele não sabe o que é porque o sol não o deixa ver mais do que alguns contornos escuros em volta de uma aura quase inexistente. Isso é seu, sim, responde Jupiter, e então ele levanta, olha bem e consegue ver uma bela mulher vestindo uma calça jeans e uma blusa extremamente rosa, ele percebe que é ela, e ela percebe que é ele, e os dois vão juntos a tenda, carregando a melancia juntos e largando-a em cima do cesto que jupiter destina às coisas grandes demais que ele consegue trazer. A tenda, mais atrás do cesto e da mesa onde Jupiter vende seus produtos, se torna um pequeno ninho de amor entre dois gatinhos que estão por ali, provocando o riso de Jupiter e a amada, que agora já é amada mesmo,e então eles, Jupiter e amada, os expulsam em meio a explosões de risadas e deitam-se, um junto ao outro, e assim termna a primeira parte, de apresentação dos personagens.

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Now i'm fuzzy, because a lied to myself.
Fuzzy now, and all the world is small enough for both of us.
Me and myself.

domingo, agosto 07, 2005

O farol (1)

Esbórnias e mais esbórnias, agora tudo começa a voltar ao normal. Com alguns bons acréscimos de experiências e de "estalos" e outros nem tão bons vícios (quase) adquiridos. Mas, enfim, faz parte da condição de estar em férias ser como uma fuga ao interior do Farol na ponta de um cabo bem ao sul do mundo, e de lá ver o que se passou até aqui, analisar certas coisas de cima, como um Deus próprio e misterioso que cada um tem em si, bem lá no fundo. A hora de descer do farol chega, até porque o guardião do farol não gosta que fiquem muito tempo usufruindo de suas incríveis instalações,e também porque a fuga tem prazo de validade definido há muito tempo pelos primeiros que resolveram escolher o Farol para ser o lugar da fuga. Passado muito tempo, o Farol perde seu encanto, a pessoa pode virar um eremita que vaga vaga e não entende por que vaga e porque não se define em nada, e assim pode vir a se tornar parecido com o guardião do Farol, o décimo quinto eremita que abusou do seu uso. A saída ,de muito difícil que pareça no início, torna-se muito melhor quando é apenas uma lembrança, e assim uma promessa de retorno vai ser feita. Não se sabe ao certo, mas parece que a cada uma das idas ao Farol a pessoa se torna mais e mais dependente dele, o que é extremamente positivo, visto de um ponto de vista em que não há muita diferença entre positivo e negativo.
O Farol tem sete andares. Em cada um, há uma espécie de refúgio de emoções de uma determinada área, e cada refúgio está ligado a um dos tais sete pecados capitais. Diz o guardião que o fundador do Farol decidiu organizar assim porque é uma excelente maneira das pessoas saberem exatamente onde devam ficar primeiro, apesar de prôpor que se passe em todos para uma volta completa .

Alguns dizem que a ida ao Farol é como se olhar no espelho e entrar nele sem se ver entrando. Só na volta é que nos vemos.

sexta-feira, agosto 05, 2005

Cortazarianas beatnik (1)

Antes que se diga, eu percebo que está errado.
Pode ser que sim, pode ser que não, mas quase sempre é sim, porque o sim é mais fácil de perceber, a negação vem em uma etapa depois. Logo se percebe que, antes de mais nada, é assim e pronto, depois vem o Peraí, será que é?. É bonito de ver uma boa negação, assumida depois de muitos sim, tenho certeza, quando essa certeza não serve nem para dizer se aquele peixe lá perto da pedra do fundo está ou não está comendo os musgos verde-escuro que estão encostados na pedra.Assim, é interessante ter essa certeza, da mesma forma que o homem tem quando , ao lado de uma bela mulher, estão os dois sentados no sofá em frente a tv, abraçados, olhando qualquer comédia romântica que a mocinha seje fraca e que o mocinho seje forte e que os dois vão ficar juntos por "obra do destino" que nada mais é que uma forma que o roteirista criou para curar as dores da perda do amor de sua mulher, que o trocou por um fotógrafo sem graça mas que ela achou muita graça sim,no exato momento do beijo final que, depois de todos os desafios imposto pelo roteirista traído, finalmente acontece aquele beijo apaixonado que é ainda mais violento e prazeroso depois de tantas coisas acontecidas, e nesse exato momento, com o casal sentado em frente ao sofá, a mulher diz que ama o homem, e ele sabe, é uma certeza, ele sabe que é de coração como se diz, porque ela não mentiria depois de ver um beijo tão apaixonado na tv, por mais que a tv seja apenas uma tv, ela ainda é uma TV.


Um encosto de carro, visto da forma mais despretensiosa, é mais do que um lugar para se descansar a cabeça depois de uma longa caminhada pelos milharais após aquele maldito pneu ter furado e o carro não ter estepe e então ter de se caminhar quase 20 quilômetros até achar uma civilização que tenha um pouso decente para um pobre viajante cansado, e azarado e despreparado, e então no dia seguinte conseguir um estepe e trocar o pneu, e poder entrar no carro, e usar o encosto, que agora se torna algo completamente desprovido de significado que não o de descansar tudo o que está aí , contra toda essas ondas flamejantes que assolam a nossa mente como um Tsunami destrói um hotel num paraíso do Oceano ìndico apenas feito de palha e bambu seco, o mesmo usado pelos Pandas, e não deixa sobrar nada perto do hotal, que agora está desprovido de significado que não o do nada, já que não existe mais nada ali.