segunda-feira, novembro 20, 2006

Recortes

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Fotos de viagens recentes.
Imagens vistas através de uma longínqua janela que abriu-se e fechou rapidamente, captando tudo que conseguia.
Recentemente foi aberta de novo. Já não sabe onde está, se lá ou aqui, mas não vai fechar enquanto não souber.
Não tem pressa alguma; enquanto passa o tempo, deixa as imagens repousarem, tranquilas em sua indecisão.
Quando escolherem seu lugar, é só fechar, abrir de novo e esperar.



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quarta-feira, novembro 08, 2006

Influência

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Bueno, depois de muito tempo, aqui está o Subbacultcha em resquícios de se manter ativo, mesmo que quinzenalmente ou mensalmente ou seja lá qual outro mente em que a atualização venha acontecer. Se bem que não é atualização, é um post simplesmente, porque se ele nunca esteve desatualizado, porque teria que ser atualizado? O que é escrito aqui não tem mesmo prazo de validade - pelo menos para os outros´que não o que escreve aqui.

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Dia desses resolvi pensar alguns minutos sobre alguma coisa que a muito tempo pensava sem saber: as influências de todas as coisas sobre todas as nossas ações. Seja a leitura de um livro que modifica o texto na hora de escrever ou a audição de uma música que modifica o humor em determinado momento, chega a impressionar como nos colocamos em mudança quando fazemos qualquer uma dessas e outras ações espontâneas e quase insconscientes. É uma conversa num bar que traz um ângulo diferente sobre um assunto, e desse ângulo sai um pensamento que ganha força na explicação para outra pessoa, agora já na sala de aula, e que se solidifica ao ganhar mais argumentos de alguma leitura, e que, depois de consolidado por inteiro, modifica a percepção de certas coisas, e essa percepção produz outro pensamento, que bate de frente com outro tão forte numa mesa de bar e que, colidindo-se, abre-se mais facilmente para a entrada de outros pontos de vistas que se solidificarão na mente quando forem passados para um outro meio, e que se fecharão - por hora - para logo depois mudar a percepção de certas coisas antes mal vistas ou nem percebidas, e a através dessas coisas agora percebidas mostrarão um outro ponto de vista, para ficar só em argumentos, de um assunto que já se achava fechado, e abrindo-o, toda esse mundo novo descoberto agora correrá para fazer parte e guerrear por esse novo argumento que sairá das cinzas de um outro que se deu por fechado a bastante tempo atrás... E assim segue indefinidamente, sem prazo para acabar (ainda bem) e muito menos aviso prévio de qual dos assuntos já dado por fechado se abrirá para a nova percepção, sedenta de saber o que é aquela coisa tão retrógrada que ele pensava a bem pouco tempo atrás e achava que era um exagero de consciência para a idade (coitada da mente jovem que acha que está a frente do seu tempo)


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Uma questão que parece não ter prazo para ganhar uma resposta, assim como ninguém sabe se haverá alguém para dizer quando a resposta for encontrada, é a de até quando essa influência será o que diz a própria palavra, influência, para toda e qualquer ação e pensamento humano. Na minha ignorância atual, creio que a influência diminui com o passar do tempo, mas nunca cessa; depois de algumas boas doses de experiência, que tanto podem ser adquiridos em dois meses quanto em cinquenta anos, ela se torna uma porta aberta, controlada mas perigosa, pronta para dar o bote quando a guarda baixar e pedir perdão sem desejar. Na verdade, falar em "dar um bote" pode ser encarado como algo pejorativo e maligno, o que está longe de ser a influência da influência; ela é benéfica, auto-indulgente também, mas em doses certas.


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De modo que não há pessoa que não seja influenciada pelas coisas do meio em que vive, e também não há influência que não modifique um nesgo da nossa tão grandiosa percepção das coisas que habitam e fazem esse mundo cada vez mais incompreensível na medida que tentamos entender cada passo da longa caminhada ao fim.


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