sexta-feira, janeiro 19, 2007

Devagar

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O Subbacultcha tá devagar, mas é por hora. Até início de março estou envolvido com a monografia, então as postagens serão esparsas.
Mas, pensando um pouco, o blog sempre foi imprevisível: tinha vezes que ele era atualizado diariamente, outras semanalmente, algumas poucas até mensalmente. É assim mesmo. Ele vai completar quase dois anos, talvez aqui seja o melhor lugar em que a minha "evolução" no aspecto texto seja melhor percebida. Quem sabe ele continue sendo esse lugar por um bom tempo...

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sexta-feira, janeiro 12, 2007

Prefácios (3)

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Daniel Pellizzari e o seu "O livro das cousas que acontecem", lançado pela Livros do Mal, temporariamente finada editora do Daniel Galera e do Pelizzari.
O livro é de contos, e quase todos tem um prefaciozinho. Escolhi o prefácio do livro inteiro, os de alguns contos, e o posfácio. Aí vão alguns deles, na ordem:



"Tudo são buracos, dizia um velho professor de vernáculo, hoje num deles - e eu sigo-lhe a lição à risca, muito melhor que ir ao cinema ou ao teatro, aqui não há camuflagens, as coisas simplesmente acontecem"


Campos de Carvalho, Vaca de Nariz sutil



"So i wasn't dreaming, after all, she said to herself, unless - unless we're all part of the same dream"

- Lewis Carrol, Through the Looking-glass.

No conto "Agosto".



"Agora estou doente: nós vamos ser felizes. Enfim estou doente"

- Georges Bataiile, O azul do céu


No conto "História de amor#62".



"Se o ranho não tivesse feito de mim um homem, eu teria me tornado um ranhoso em vez de um homem"


- M. Aguêiev, Romance com cocaína


No conto "O próprio sêmen".


"E ademais, tudo bem considerado, é verdade que em tudo isso há alguma coisa. Por mais que se diga, aventuras como esta acontecem neste mundo, sendo raras, mas acontecem."

Nikolai Gógol, O Nariz

Pósfácio.

Como se vê, todos eles tem uma sequência lógica, ou, talvez, que ajudem a contar uma história.


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sábado, janeiro 06, 2007

teste

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Caralho, inventaram um programa que atualiza o blog sem estar conectado a internet. Não sei se acho legal ou fico com medo do que amanhã poderá vir...
Mas, por hora, é só um teste mesmo.

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quinta-feira, janeiro 04, 2007

New year's life

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2007, e logo não restará mais faculdade para fazer, tempo livre para se cansar de pensar em coisas aparentemente importantes, quarto para cansar de ficar, rua para caminhar sem preocupação, trem para olhar sentado junto a um cigarro, etc, etc,

Quem sabe apareçam ruas apinhadas de gente para não-caminhar, luzes para confundir a vista cansada do final do dia, infinito no horizonte para não enxergar, pessoas novas para consertar feridas e, acima de tudo, pouco tempo para pensar em coisas aparentemente inúteis e muito tempo para fazer coisas aparentemente importantes.

Questão de aparência, ou de ponto de vista, um desafio a mais para uma vida aparentemente tão vazia de verdadeiros desafios - daqueles de te levar ao inferno profundo e te fazer voltar tão chamuscado que para sempre as chamas te acompanharão, seja lá onde elas se fixem no teu corpo - que o primeiro que apareçe com a imponência que o nome traz, Desafio, com letra maiúscula para não deixar dúvida de sua potência, provoca apenas umas nuvens no horizonte que nunca foi claro, mas sempre pareceu ser.

Ou seja, se até hoje as complicações foram poucas e criadas para exatamente tentar suprir a falta delas, agora estas ainda não se apresentam como todos as descrevem porque, ainda, não tiveram a importância de sua falta reconhecida para finalmente aparecerem e propor o Desafio.

Será inevitável a inconsciente busca, preparação e posterior solução dos desafios criados por nós? Ou será que é possível, como agora me parece (e acabo de entregar que por hora realmente é) ter um controle mínimo, por mais caótico e intencionalmente sem um aprofundamento maior que seja, da frequência com que eles apareçem, como uma chamada escolar, para então bolar planos e mais planos sem sentido para se tirar o máximo de cada uma das ocorrências que, agora mapeadas, podem signficar mais do que realmente seriam se não tivessem sidos descobertas?

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