terça-feira, dezembro 06, 2005

Incertos conselhos

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De alguém diante do espelho, após uma noite sem graça, às 23:00.

_ Incerteza, cara amiga tão relutante em ser despertada, venha me salvar. Preciso da tua ajuda, da tua compreensão, da tua tão singela sabedoria de nunca saber a hora certa das coisas, mas de apenas sentir ,e isso bastar. Preciso que tu venhas e combata o teu algoz com duas letras a menos, preciso que tu digas para ele que , sim, ele é necessário, mas que ele não pode se apossar da vida de ninguém e ser o guia onipresente de todas as ações, como se nada sem ele possa existir. Venha mostrar para esse teu algoz - inimigo chato, cruel - que a tua forma de guiar é muito mais sabedora do caminho daquilo que alguém inventou chamar de felicidade - o que quase sempre se confunde com outra palavra chamada diversão, sendo , talvez, essa mais coerente e respeitável aos olhos famintos por facilidades que nós temos e insistimos em disfarçar para não sermos tachados de simplórios.

De uma psicóloga para seu cliente, rapaz de 23 anos com propensão a depressão ( embora não tenha tido nenhum ataque psicótico ainda )

_ Se o pudor é exagerado a ponto de impedir que a diversão busque seu espaço tão caro a todos nós, porque não mudá-lo, moldá-lo de acordo com os estímulos diversionais que a todo momento clamam por nossa atenção? Nós não somos bons por natureza, certas atitudes consideradas ruins são necessárias, talvez porque possamos pensar que elas são ruins para nós mas na verdade são apenas causadoras de uma "dor" que é necessária e indispensável para o crescimento, embora difícil é aceitarmos isso sem sofrimento.

De um professor de sociologia a um intelectual que recém se separou da mulher, com quem foi casado por 23 anos:

_ São princípios relutantes em serem aceitos, mas nunca impossíveis de serem transformados, já que, ao se saber do tão grave erro que se comete em não aderir a certos comportamentos comprovadamente mais eficazes na busca da diversão - que é, afinal o que todos queremos -, porque não abrir a gaveta trancada dos princípios adquiridos a muito custo e pouca escolha da infância e aceitar alguns novos? Ainda mais que, com esses novos, os antigos podem ser mudados e se tornarem ainda mais eficazes em suas tarefas e conscientes de sua função.


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Um comentário:

Anônimo disse...

Daeee foletto, meu amigo, o mais sensível dos sensíveis, cara dei uma lida, mas me deu preguiça de ir até o final, mas gostei dá parte que eu entendi, Abraço, continua escrevendo que um dia tu melhora, ehehe, bjus