quarta-feira, dezembro 14, 2005

a duvida da certeza

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Primeira
Responsabilidades, travestidas de gritos de socorros inaudíveis mas perceptíveis a quem deve escutar;
estarei lá, ouvindo, ajudando quando possível e quando necessário, embora algumas vezes hesite por dúvida de estar ou não fazendo a coisa certa.
É algo sem convicção, é a resposta imediata ao socorro, e , como tal, não há tempo para maiores questionamentos do estar certo ou não, tudo é a primeira opinião, virgem e pusilânime, mas que precisa sair para ser mais elaborada e convicente - além de crescer como tal e tornar se a "mais certa" (?).

( Porque as pessoas insistem querer saber as respostas de tudo ? Porque elas não se contentam apenas com a dúvida ? Porque, a cada dia, certas pessoas precisam de uma confirmação que outras a amam para , assim, essas pessoas poderem viver na vã e ilusória comodidade que a "certeza" de uma resposta positiva traz? E porque o risco da dúvida não é aceito por quem tanto insiste em querer saber?)




Outras

* È a dúvida que explica o motivo da simples presença de uma pessoa trazer certos sentimentos estranhos que, levados para o aspecto físico, são como se alguém tivesse apertado um parafuso dentro do nosso peito, e que esse lugar que foi parafusado se torne tão frágil por alguns minutos, dias ou anos a ponto de a todo momento precisar de um novo aperto ?
Ou é a certeza?

* Será que essa parte frágil algum dia se tornará fixa, dura, resistente, inquebrável?

* Por que será que a certeza, em sua tão certeira e inquestionável resposta, mesmo assim não consegue aplacar a ira da dúvida, que sempre parece achar brechas nas muitas portas que a limitam?

Que dúvida cruel.

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