domingo, outubro 30, 2005

Uma simples história de amor

Um argumento para curta metragem, que fiz há um ano atrás. Historinha simples, romântica, ingênua.


Uma simples História de Amor

Jovem vem do interior para fazer vestibular e fica na casa dos seus tios, num quarto só para ele.
Chega num domingo à tarde. Segunda pela manhã, acorda cedo e vai fazer o vestibular.Vai a pé, senta na sala, aguarda.
A uns 3 minutos de esgotar o prazo, surge uma garota, de cabelos vermelhos, atrasada e senta atrás dele. Ele a acompanha com os olhos. Vendo o olhar do garoto, ela, mesmo um pouco ofegante, diz oi para ele e puxa uma conversa. Ele responde, um pouco sem jeito. Mas começa o vestibular, e aconversa morre .
Duas horas depois, ela se levanta para entregar a prova,e o garoto levanta-se segundos depois.
Os dois saem junto da sala. Conversam sobre a prova e outras coisas enquanto vão junto para a casa.
Ao chegar na hora de se despedir,ela dá um beijo no rosto dele e diz seu telefone. Ele chega em casa,vai direto para cama.

No outro dia, mesma rotina: acorda cedo e vai fazer o vestibular. Desta vez a garota já está na sala quando ele chega. Conversam um pouco antes do início da prova;rola um “leve” clima, ela pega na mão dele e o deseja boa sorte. Ele retribui. Fazem a prova, e desta vez ele acaba antes. O garoto espera um pouco e vão junto novamente para casa, pelo mesmo caminho. Na hora de se despedir, ela o convida para dar uma volta de tarde. Um abraço de despedida,almoço, e pelo fim da tarde os dois saem juntos, caminhando pela cidade movimentada.
Começa a chover, e eles vão correndo para casa.
Na hora da despedida, finalmente se beijam pra valer. No outro dia, no colégio, se encontram na mesma sala, um sentando atrás do outro.
Ela está bem diferente no seu comportamento, preocupada com alguma coisa.
Faz a prova rápido, sai quase correndo, mas deixa um bilhete pra ele, discretamente. Ele abre. O bilhete diz que ela não vai fazer a redação, que vai pegar o ônibus pra casa as 11:30. Ele dá um jeito de acabar a prova rápido. Sai quase correndo tentando achar ela. Vai correndo até a rodoviária; chega em tempo de ver o ônibus saindo,e vê ela dando um tchau pela janela. Ele fica desolado. Vai para a casa e chora; acaba dormindo. No outro dia, lê um jornal a caminho da rodoviária: ônibus bate em carreta e mais de dez passageiros morrem.

O garoto só abaixa a cabeça, chora muito e grita.
Outro ano. Ele faz o vestibular de novo.
No mesmo colégio e, na mesma classe, encontra uma garota atrás de si, muito parecida com a outra que morreu. Ela se apresenta, ele
a olha com aquele mesmo olhar de antes.Acabam a prova juntos; e vão embora.

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