quinta-feira, outubro 20, 2005

Impressões de viagem: Montevideo (2)

Continuando...

Montevideo tem dois lados meio distintos:

O centro,da Plaza Independecia até perto do porto e do mercado público, que é a parte conhecida como Ciudad Veja, onde surgiram as primeiras povoações. É uma península no Rio da Prata: o porto fica na ponta da península, e o começo da Ciudad Veja fica no meio. Seguindo em direção da Plaza ao porto, pode-se olhar para os dois lados e encontrar água. É como Porto Alegre: estando parado no calçadão da Andradas, olhando para a Praça da Alfândega, por exemplo, o rio Guaíba está na frente e nos dois lados, sendo que atrás de ti é que está o continente. Montevideo é a mesma coisa.


uma das ruas da Ciudad Veja


As praias. Sim, há praias em Montevideo. Elas são distante alguns quilômetros do centro, mas nada que um ônibus não resolva. Pocitos é a primeira de inúmeras que vêm a seguir, todas com uma excelente infra-estrutura, calçadão, uma linda orla com inúmeros prédios chiques, enseadas e tudo. Há uma boa faixa de areia em cada praia, aquelas areias mais escuras, dura, mas a água não é muito aconselhável para o banho, embora sempra haja alguns corajosos. É uma região muito bonita, cheio de gramadões verdes para se sentar, deitar, ler um livro, e um bom lugar para se fazer uma corrida, já que o calçadão acompanha todos a área entrecortada das praias, que dão no total quase 4 quilômetros. É considerada uma área nobre da cidade, há bastante restaurantes, lojas e prédios finos, além do Iate Club, tradiconalmente lugar de elite, onde ficam alguns pequenos iates, lanchas e outros barcos atracados.
As fotos dessa parte virão depois, não descarreguei elas ainda.


As uruguaias

As uruguaias são "cult". A grande maioria anda vestida no que aqui consideramos como "cult", pelo menos. All-Star ou um genérico, calça jeans, uma blusa e um casaco, franjas no cabelo negro. Quase que nem os indies daqui. A diferença é que ,se aqui é exceção esse jeito, lá é maioria. Não há patis, não se vê mulheres de salto na rua - salvo as que tem de trabalhar com ele -, não se vê quase muita produção para se sair na rua, como geralmente acontece por aqui. Assim, a beleza delas é mais rústica, natural.
E, puta que pariu, são muito belas! Morenas, cabelo comprido quase sempre, olhos calros, magras mas boas de corpo - há pouquíssimas gordas, pelo menos das que saiam nas ruas . O que mais se vê por lá são morenas magras de olhos claros de All-star, o que seriaum paraíso, se elas não fossem , digamos, arredias. Nas andanças noturnas, poucas davam conversa, tanto para uruguaios quanto para estrangeiros - que, por sinal, são bastantes por lá ; encontrei dois espanhóis e dois ingleses perdidos como nós , deu até pra arriscar um inglês, andamos juntos por um tempo, até que eles decidiram entrar num lugar e nós ficamos andando mesmo. Mas voltando às uruguaias. Elas andavam pelos circuitos de pubs rapidamente, dando uma leve olhadinha para os em sua maioria homens que estavam nas mesas de fora dos bares, como que para se assegurarem de que eles vão retribuir o olhar e elas continuaram andando, como se não tivessem olhado. Caí muito nesse joguinho delas até perceber que era um jogo que já se começava perdido pra mim. Deixei elas pra lá e fui tomar minha Pilsen litro.

Em um bar/boate que entramos por lá (AlmodoBar o nome, criativo), tivemos a triste verificação de que nosso "espanhol" não é suficiente para se trovar uma uruguaia. Ainda mais uma uruguaia, arredia a uma aproximação simples e corriqueira por aqui.
O lugar. Como os daqui, nada de diferente. Só a banda, um trio de rock com uma mulher no vocal,que por aqui não seria digna de tocar num lugar como esses. Muito ruim. Som péssimo.
Algo comum no lugar , e nas ruas também, era ver gente tomando uma garrafa de litro de cerveja no bico, sem qualquer cerimônia. O que aqui é coisa de bêbado, lá é normal. Muito estranho.

Mas, enfim, ainda caso com uma uruguaia daquelas.

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