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Uma citação do cronista brasileiro Paulo Mendes Campos, lida recentemente em uma crônica, que resume todo o pensamento e quiçá o comportamento do brasileiro:
Adio, logo existo
Chega a ser impressionante como essa frase serve como máxima, mesmo que não percebida, para todas as situações, da mais banal a mais complicada.
O último instante é O instante.
Nada antes, nem durante; tudo só na pequena faixa, imaginária, que separa o durante do depois.
Parece que o Brasil é uma nação de Bartlebys, do famoso livro homônimo do Herman Mellvile, que para tudo que fosse ordem proferia a famosa frase
"Prefiro não fazer".
O "adio, logo existo" é um irmão mais rebelde do "prefiro não fazer", que leva tudo até as últimas consequências e só se dá por satisfeito quando sua teimosia não consegue burlar a rigidez das leis que dizem quando não mais é possível adiar.
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Um comentário:
Opa! beleza?
achei teu blog fazendo uma pesquisa sobre Montevideo. Vou pra la agora em agosto e na verdade procurei por Almodobar no google, vou ficar perto dele. Fiquei triste quando tu disse que as gurias uruguaias sao arredias aeuhaeuhae.
Po! legal teu blog, gostei desse ultimo post, esse fim me fez pensar sobre o instante. Sobre tudo que representa esse ultimo instante.
Bom, é isso! valeu!
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