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"Mais que faculdade, eu diria quer imaginação é virtude. Na origem de todo ato cruel, não há uma pobreza de imaginação que impede a menor corridinha simpática, a mudança, sequer momentânea, para a situação do próximo? O egoísmo provém de idêntico defeito. Com visão clara de nossa futilidade, poríamos tanto empenho em nos promover e em nos homenagear?"
Adolfo Bioy Casares
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terça-feira, junho 27, 2006
sábado, junho 24, 2006
Sonhos (1)
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Da noite de quarta para quinta-feira, dia 3 de fevereiro de 2005, no meu quarto, em Santa Maria:
" Estava em um sala no estilo Harry Potter, no colégio onde estudei no Ensino Médio. Havia chegado atrasado, e me sentei no canto esquerdo, como sempre fazia. A aula era de matemática, e o professor era um argentino típico, com mullets grandes no melhor estilo Chitãozinho & Xororó. Era jovem, ensinava algo sobre conjuntos numéricos. Como estava sem o polígrafo, resolvi pedir um para ele, e para isso, tentei soltar algumas palavras em espanhol, mas o que saiu foi um portunhol enfadonho. O professor, que estava escrevendo no quadro negro, se virou para a sala, olhou para mim, mas não falou nada. Chamei de novo, ele me olhou novamente, mas pareceu não entender, por mais que eu estivesse falando alto. Irritado, resolvi copiar o que ele passava, e para isso retirei uma folha do fim do caderno, logo antes das riscadas que serviam para testar as tintas das canetas, normalmente Bics.
Ele passava um problema, que pediu para a classe resolver. Sentou em sua classe, enquanto eu levantei e fui em sua direção pedir o polígrafo. Ele novamente não entendeu o que eu dizia, ou fez que não entendeu, porque agora, ao menos, me deu umas folhas brancas, limpas. Fui me sentar.
Enquanto toda a classe resolvia o problema, o professor castelhano ligou um aparelho de som, que sabe se lá de onde surgiu, e colocou um CD que tocava uma única música, agitada, uma mistura de tecno com rock. Na terceira vez que escutava a música, e sem conseguir resolver o problema, comecei a batucar na classe, acompanhando o ritmo da bateria, que parecia cada vez mais rápida. Quando ele me viu, desligou o som. Segundos depois, surgiu o diretor do colégio com uma toga das de formatura de faculdade na cabeça.
A classe, que já estava quieta, calou-se ainda mais, e o barulho das botas gigantes do diretor foi escutado por todos como um prenúncio de que algo ia desabar em cima da sala. Em frente aos alunos, exatamente no meio da sala, ele começou a discursar solene, como em uma formatura, contando as dificuldades que o colégio estava vivendo, e que a melhor coisa que nós, alunos, deveríamos fazer para acabar com a crise era estudar, e bastante. Repetiu diversas vezes: Estudar, estudar, estudar. Na última repetição, virou-se para o professor castelhano, falou algo incompreensível, e saiu da sala.
Quando a porta já tinha fechado, ouviu-se no corredor um barulho de espada - ou um florete - sendo tirada de uma bainha, e no momento que os alunos se viraram para ver, o castelhano apareceu junto ao diretor, e os dois começaram um duelo de espadas. Como nos filmes de capa e espada, a disputa era equilibrada e barulhenta, com as espadas se batendo e soltando faíscas; mais habilidoso, e ainda com o chapéu na cabeça, o diretor parecia estar ganhando a disputa.
Saíram do corredor, entraram em uma outra sala. O castelhano foi atirado às classes vazias, mas logo se levantou e, num belo golpe de direita, derrubou o diretor, que caiu no corredor, ferido e sangrando. Quase delirando, ele começou a dizer coisas incompreensíveis sobre o seu filho, que estava na Inglaterra estudando fazia 3 meses.
A turma espiava pela janela da sala, e alguns dos meus colegas no fundo da classe começaram a fazer apostas: 4 por 1 no castelhano, dizia um mais gordo, 2 por 2 (?) no diretor, dizia o agitador sentado ao meu lado. Nenhum dos presentes na sala tinha expressão facial; o rosto era como uma borracha branca, sem boca, nariz, olhos, só cabelo.
Neste momento, eu resolvi entrar na luta, mas acordei".
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Da noite de quarta para quinta-feira, dia 3 de fevereiro de 2005, no meu quarto, em Santa Maria:
" Estava em um sala no estilo Harry Potter, no colégio onde estudei no Ensino Médio. Havia chegado atrasado, e me sentei no canto esquerdo, como sempre fazia. A aula era de matemática, e o professor era um argentino típico, com mullets grandes no melhor estilo Chitãozinho & Xororó. Era jovem, ensinava algo sobre conjuntos numéricos. Como estava sem o polígrafo, resolvi pedir um para ele, e para isso, tentei soltar algumas palavras em espanhol, mas o que saiu foi um portunhol enfadonho. O professor, que estava escrevendo no quadro negro, se virou para a sala, olhou para mim, mas não falou nada. Chamei de novo, ele me olhou novamente, mas pareceu não entender, por mais que eu estivesse falando alto. Irritado, resolvi copiar o que ele passava, e para isso retirei uma folha do fim do caderno, logo antes das riscadas que serviam para testar as tintas das canetas, normalmente Bics.
Ele passava um problema, que pediu para a classe resolver. Sentou em sua classe, enquanto eu levantei e fui em sua direção pedir o polígrafo. Ele novamente não entendeu o que eu dizia, ou fez que não entendeu, porque agora, ao menos, me deu umas folhas brancas, limpas. Fui me sentar.
Enquanto toda a classe resolvia o problema, o professor castelhano ligou um aparelho de som, que sabe se lá de onde surgiu, e colocou um CD que tocava uma única música, agitada, uma mistura de tecno com rock. Na terceira vez que escutava a música, e sem conseguir resolver o problema, comecei a batucar na classe, acompanhando o ritmo da bateria, que parecia cada vez mais rápida. Quando ele me viu, desligou o som. Segundos depois, surgiu o diretor do colégio com uma toga das de formatura de faculdade na cabeça.
A classe, que já estava quieta, calou-se ainda mais, e o barulho das botas gigantes do diretor foi escutado por todos como um prenúncio de que algo ia desabar em cima da sala. Em frente aos alunos, exatamente no meio da sala, ele começou a discursar solene, como em uma formatura, contando as dificuldades que o colégio estava vivendo, e que a melhor coisa que nós, alunos, deveríamos fazer para acabar com a crise era estudar, e bastante. Repetiu diversas vezes: Estudar, estudar, estudar. Na última repetição, virou-se para o professor castelhano, falou algo incompreensível, e saiu da sala.
Quando a porta já tinha fechado, ouviu-se no corredor um barulho de espada - ou um florete - sendo tirada de uma bainha, e no momento que os alunos se viraram para ver, o castelhano apareceu junto ao diretor, e os dois começaram um duelo de espadas. Como nos filmes de capa e espada, a disputa era equilibrada e barulhenta, com as espadas se batendo e soltando faíscas; mais habilidoso, e ainda com o chapéu na cabeça, o diretor parecia estar ganhando a disputa.
Saíram do corredor, entraram em uma outra sala. O castelhano foi atirado às classes vazias, mas logo se levantou e, num belo golpe de direita, derrubou o diretor, que caiu no corredor, ferido e sangrando. Quase delirando, ele começou a dizer coisas incompreensíveis sobre o seu filho, que estava na Inglaterra estudando fazia 3 meses.
A turma espiava pela janela da sala, e alguns dos meus colegas no fundo da classe começaram a fazer apostas: 4 por 1 no castelhano, dizia um mais gordo, 2 por 2 (?) no diretor, dizia o agitador sentado ao meu lado. Nenhum dos presentes na sala tinha expressão facial; o rosto era como uma borracha branca, sem boca, nariz, olhos, só cabelo.
Neste momento, eu resolvi entrar na luta, mas acordei".
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sexta-feira, junho 23, 2006
Sonhos
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Inspirado no Kerouac, vou escrever aqui alguns sonhos que tive.
Antes disso, e para começar "solene" , uma parte do prefácio do "Livro dos sonhos", do Kerouac.
" O fato de sonharmos todas as noites é um vínculo que liga toda a humanidade, numa união, digamos, tácita, que também comprova a natureza trasncendental do Universo, coisa em que os comunistas não acreditam, pois consideram os sonhos "irrealidades", e não visões que efetivamente tiveram.
Por isso dedico este livro de sonhos às rosas do porvir."
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Inspirado no Kerouac, vou escrever aqui alguns sonhos que tive.
Antes disso, e para começar "solene" , uma parte do prefácio do "Livro dos sonhos", do Kerouac.
" O fato de sonharmos todas as noites é um vínculo que liga toda a humanidade, numa união, digamos, tácita, que também comprova a natureza trasncendental do Universo, coisa em que os comunistas não acreditam, pois consideram os sonhos "irrealidades", e não visões que efetivamente tiveram.
Por isso dedico este livro de sonhos às rosas do porvir."
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segunda-feira, junho 19, 2006
Macca
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Paul Mc Cartney é uma figura interessante. A grande maioria dos fãs mais fervorosos dos Beatles escolhe ele como o beatle mais odiado, já que era o mais "comercial" da banda, aquele que melhor sabia aparecer para a mídia e para os fãs. O que ocorria é que, muitas vezes, para estes fãs Paul exagerava; sempre o bom moço, o brincalhão, o diplomata, o que nunca parecia sair da linha. E é sabido que para o rock'roll, sair da linha é necessário.
Só que, apesar de toda essa postura correta e até chata por vezes, estava o principal músico da banda, a mente criadora. Se John Lennon era o espírito, Ringo era o ritmo e George o talentoso solitário, Paul era aquele que criava, o marco zero do processo de composição - que logo depois ganhava os contornos de cada um. Talvez fosse ele a figura mais importante da banda, sem a qual não haveria o estalo inicial extraordinário que fez os Beatles serem os Beatles, ainda hoje a banda a ser batida no mundo da música.
...
Tudo isso para dizer que o novo CD do Macca, Chaos and creation in the Backyard, é de uma beleza estarrecedora e , de certa maneira, surpreendente. Algo como um líquido milagroso que não parecia mais possível ser extraído,de tanto que foi usado, da velha fonte McCartney.
Passados quase 40(!) anos do fim dos Beatles, a grande voz continua lá, límpida e potente. A maturidade, vilã de muitos da idade de Paul, melhorou ainda mais o excelente músico que ele sempre foi (toca todos os instrumentos no álbum), e trouxe de bônus uma habilidade preciosa de escrever ainda mais letras simples e profundas, que em um utópico Manual para Fazer a Música Perfeita (escrito por ele, claro) deveria ser a primeira e indispensável lição.
O mais incrível de tudo é que Paul, no auge dos seus 64 anos, assim como no tempo dos Beatles, ainda seja aquele cara que mais consegue chegar próximo da dita "música perfeita" produzida.
Um dos poucos neste mundo que falar "Esse cara é foda" nunca vai ser suficiente.
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Paul Mc Cartney é uma figura interessante. A grande maioria dos fãs mais fervorosos dos Beatles escolhe ele como o beatle mais odiado, já que era o mais "comercial" da banda, aquele que melhor sabia aparecer para a mídia e para os fãs. O que ocorria é que, muitas vezes, para estes fãs Paul exagerava; sempre o bom moço, o brincalhão, o diplomata, o que nunca parecia sair da linha. E é sabido que para o rock'roll, sair da linha é necessário.
Só que, apesar de toda essa postura correta e até chata por vezes, estava o principal músico da banda, a mente criadora. Se John Lennon era o espírito, Ringo era o ritmo e George o talentoso solitário, Paul era aquele que criava, o marco zero do processo de composição - que logo depois ganhava os contornos de cada um. Talvez fosse ele a figura mais importante da banda, sem a qual não haveria o estalo inicial extraordinário que fez os Beatles serem os Beatles, ainda hoje a banda a ser batida no mundo da música.
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Tudo isso para dizer que o novo CD do Macca, Chaos and creation in the Backyard, é de uma beleza estarrecedora e , de certa maneira, surpreendente. Algo como um líquido milagroso que não parecia mais possível ser extraído,de tanto que foi usado, da velha fonte McCartney.
Passados quase 40(!) anos do fim dos Beatles, a grande voz continua lá, límpida e potente. A maturidade, vilã de muitos da idade de Paul, melhorou ainda mais o excelente músico que ele sempre foi (toca todos os instrumentos no álbum), e trouxe de bônus uma habilidade preciosa de escrever ainda mais letras simples e profundas, que em um utópico Manual para Fazer a Música Perfeita (escrito por ele, claro) deveria ser a primeira e indispensável lição.
O mais incrível de tudo é que Paul, no auge dos seus 64 anos, assim como no tempo dos Beatles, ainda seja aquele cara que mais consegue chegar próximo da dita "música perfeita" produzida.
Um dos poucos neste mundo que falar "Esse cara é foda" nunca vai ser suficiente.
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sexta-feira, junho 16, 2006
Nação
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Uma citação do cronista brasileiro Paulo Mendes Campos, lida recentemente em uma crônica, que resume todo o pensamento e quiçá o comportamento do brasileiro:
Adio, logo existo
Chega a ser impressionante como essa frase serve como máxima, mesmo que não percebida, para todas as situações, da mais banal a mais complicada.
O último instante é O instante.
Nada antes, nem durante; tudo só na pequena faixa, imaginária, que separa o durante do depois.
Parece que o Brasil é uma nação de Bartlebys, do famoso livro homônimo do Herman Mellvile, que para tudo que fosse ordem proferia a famosa frase
"Prefiro não fazer".
O "adio, logo existo" é um irmão mais rebelde do "prefiro não fazer", que leva tudo até as últimas consequências e só se dá por satisfeito quando sua teimosia não consegue burlar a rigidez das leis que dizem quando não mais é possível adiar.
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Uma citação do cronista brasileiro Paulo Mendes Campos, lida recentemente em uma crônica, que resume todo o pensamento e quiçá o comportamento do brasileiro:
Adio, logo existo
Chega a ser impressionante como essa frase serve como máxima, mesmo que não percebida, para todas as situações, da mais banal a mais complicada.
O último instante é O instante.
Nada antes, nem durante; tudo só na pequena faixa, imaginária, que separa o durante do depois.
Parece que o Brasil é uma nação de Bartlebys, do famoso livro homônimo do Herman Mellvile, que para tudo que fosse ordem proferia a famosa frase
"Prefiro não fazer".
O "adio, logo existo" é um irmão mais rebelde do "prefiro não fazer", que leva tudo até as últimas consequências e só se dá por satisfeito quando sua teimosia não consegue burlar a rigidez das leis que dizem quando não mais é possível adiar.
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terça-feira, junho 13, 2006
Abjurar
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Estranha sensação essa de necessitar caminhar pelas ruas da cidade, de preferência as mais movimentadas, sem qualquer rumo definido, e a cada esquina do caminho que não se sabe parar para pensar "onde ir" sem nem mesmo saber porque não seguiu o caminho que lhe parecia o mais conveniente, e quando chegar na praça lembrar que há um lugar, sim, que sempre pode abrigar os que não tem rumo, mas no caminho para esse lugar lembrar que existem outras coisas esquecidas para fazer, e a pausa para resolver esses pequenos relapsos de memória ser muito mais rápida e fácil do que talvez se imaginasse, e que também nesses lugares outros encargos, nem tão importantes, são lembrados e logo esquecidos, pois o intuito da caminhada era não ter rumo nem nada certo, não?
Finalmente se chega ao lugar dos que não tem rumo, com alguns poucos que lá se encontram fazendo exatamente a mesma coisa que se estava quando se saiu de casa: abjurar-se da rotina diariamente repetida.
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Estranha sensação essa de necessitar caminhar pelas ruas da cidade, de preferência as mais movimentadas, sem qualquer rumo definido, e a cada esquina do caminho que não se sabe parar para pensar "onde ir" sem nem mesmo saber porque não seguiu o caminho que lhe parecia o mais conveniente, e quando chegar na praça lembrar que há um lugar, sim, que sempre pode abrigar os que não tem rumo, mas no caminho para esse lugar lembrar que existem outras coisas esquecidas para fazer, e a pausa para resolver esses pequenos relapsos de memória ser muito mais rápida e fácil do que talvez se imaginasse, e que também nesses lugares outros encargos, nem tão importantes, são lembrados e logo esquecidos, pois o intuito da caminhada era não ter rumo nem nada certo, não?
Finalmente se chega ao lugar dos que não tem rumo, com alguns poucos que lá se encontram fazendo exatamente a mesma coisa que se estava quando se saiu de casa: abjurar-se da rotina diariamente repetida.
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sexta-feira, junho 09, 2006
Futebol
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Foto tirada em Montevideo, numa tarde de sábado, num jogo de escolinhas locais por algum bairro da orla de Pocitos. Pais em volta do campo gritando e incentivando os seus filhos, os reservas bem sentados no trecho da grama que servia de banco, mães e irmãos dos jogadores mirins na torcida - um pouco mais calados que os pais, mas ainda assim soltando alguns gritos de incentivo e reprovação - e todos estes, menos os jogadores, os técnicos e os reservas, tomando o seu mate quente.
Foto tirada em Montevideo, numa tarde de sábado, num jogo de escolinhas locais por algum bairro da orla de Pocitos. Pais em volta do campo gritando e incentivando os seus filhos, os reservas bem sentados no trecho da grama que servia de banco, mães e irmãos dos jogadores mirins na torcida - um pouco mais calados que os pais, mas ainda assim soltando alguns gritos de incentivo e reprovação - e todos estes, menos os jogadores, os técnicos e os reservas, tomando o seu mate quente.
quarta-feira, junho 07, 2006
Trans
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" Era a visão de uma vida extrapolando a introspecção dos exercícios solitários, uma aventura pela qual vinha se preparando havia tantos anos, enfim uma direção concreta para toda aquela expectativa sem objetivo que o acompanhava desde um ponto indefinido da infância, um desdobramento para o desejo de agredir e ser agredido pelo mundo".
Daniel Galera, Mãos de Cavalo, pág. 122, cap. A festa de quinze da Isabela
Trecho que descreve muito bem essa sensação que parece existir em todo mundo que está entre os 18 aos 20 e poucos anos.
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" Era a visão de uma vida extrapolando a introspecção dos exercícios solitários, uma aventura pela qual vinha se preparando havia tantos anos, enfim uma direção concreta para toda aquela expectativa sem objetivo que o acompanhava desde um ponto indefinido da infância, um desdobramento para o desejo de agredir e ser agredido pelo mundo".
Daniel Galera, Mãos de Cavalo, pág. 122, cap. A festa de quinze da Isabela
Trecho que descreve muito bem essa sensação que parece existir em todo mundo que está entre os 18 aos 20 e poucos anos.
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segunda-feira, junho 05, 2006
Infância
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Engraçado como a infância, vista com os viciados e talvez experientes olhos da vida adulta, parece ser um momento crucial da formação do caráter de uma pessoa, do seu "estilo" e modo de pensar dalí pra frente. Há uma impressão de que tudo que não é vivido de maneira que "é pra ser" - no mais estrito e primeiro significado da palavra normal- vai acarretar em graves consequências na maneira de agir e no modo de pensar do já formado adulto, e que um simples trauma vivido na infância vai reverberar em alguma consequência grave no futuro da vida adulta, seja em algum tipo de comportamento anti-social ou social demais, mas acima de tudo um distúrbio, algo que não era pra acontecer.
O enfrentamento do problema anos depois de ele ter sido criado parece que se torna necessário para afagar as feridas abertas na infância, talvez até indispensável no sentido de "curar" aquilo que não devia de acontecer. Isso quando há o que ser curado, pois pode acontecer do trauma ter forçado a busca por uma alternativa de comportamento, e esse novo tipo superar aquilo o dito normal que o trauma tratou de fazer não funcionar, e neste caso, talvez, não dá porque se confrontar a situação vivida na infância.
*****************
O melhor de tudo é que as crianças, quando tais, nunca sabem dessa importância de estarem vivendo um período cruciais em suas vidas, pois se soubessem, e as vezes há alguns pais que o sabem por elas, tudo seria uma grande e monótona vida mecanizada, daquelas que logo quando se nasce já se tem certeza da data que se vai morrer.
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Engraçado como a infância, vista com os viciados e talvez experientes olhos da vida adulta, parece ser um momento crucial da formação do caráter de uma pessoa, do seu "estilo" e modo de pensar dalí pra frente. Há uma impressão de que tudo que não é vivido de maneira que "é pra ser" - no mais estrito e primeiro significado da palavra normal- vai acarretar em graves consequências na maneira de agir e no modo de pensar do já formado adulto, e que um simples trauma vivido na infância vai reverberar em alguma consequência grave no futuro da vida adulta, seja em algum tipo de comportamento anti-social ou social demais, mas acima de tudo um distúrbio, algo que não era pra acontecer.
O enfrentamento do problema anos depois de ele ter sido criado parece que se torna necessário para afagar as feridas abertas na infância, talvez até indispensável no sentido de "curar" aquilo que não devia de acontecer. Isso quando há o que ser curado, pois pode acontecer do trauma ter forçado a busca por uma alternativa de comportamento, e esse novo tipo superar aquilo o dito normal que o trauma tratou de fazer não funcionar, e neste caso, talvez, não dá porque se confrontar a situação vivida na infância.
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O melhor de tudo é que as crianças, quando tais, nunca sabem dessa importância de estarem vivendo um período cruciais em suas vidas, pois se soubessem, e as vezes há alguns pais que o sabem por elas, tudo seria uma grande e monótona vida mecanizada, daquelas que logo quando se nasce já se tem certeza da data que se vai morrer.
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sexta-feira, junho 02, 2006
F
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I'm free to do what I want any old time
I'm free to do what I want any old time
So love me, hold me, love me, hold me
I'm free any old time to get what I want
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I'm free to do what I want any old time
I'm free to do what I want any old time
So love me, hold me, love me, hold me
I'm free any old time to get what I want
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