Esbórnias e mais esbórnias, agora tudo começa a voltar ao normal. Com alguns bons acréscimos de experiências e de "estalos" e outros nem tão bons vícios (quase) adquiridos. Mas, enfim, faz parte da condição de estar em férias ser como uma fuga ao interior do Farol na ponta de um cabo bem ao sul do mundo, e de lá ver o que se passou até aqui, analisar certas coisas de cima, como um Deus próprio e misterioso que cada um tem em si, bem lá no fundo. A hora de descer do farol chega, até porque o guardião do farol não gosta que fiquem muito tempo usufruindo de suas incríveis instalações,e também porque a fuga tem prazo de validade definido há muito tempo pelos primeiros que resolveram escolher o Farol para ser o lugar da fuga. Passado muito tempo, o Farol perde seu encanto, a pessoa pode virar um eremita que vaga vaga e não entende por que vaga e porque não se define em nada, e assim pode vir a se tornar parecido com o guardião do Farol, o décimo quinto eremita que abusou do seu uso. A saída ,de muito difícil que pareça no início, torna-se muito melhor quando é apenas uma lembrança, e assim uma promessa de retorno vai ser feita. Não se sabe ao certo, mas parece que a cada uma das idas ao Farol a pessoa se torna mais e mais dependente dele, o que é extremamente positivo, visto de um ponto de vista em que não há muita diferença entre positivo e negativo.
O Farol tem sete andares. Em cada um, há uma espécie de refúgio de emoções de uma determinada área, e cada refúgio está ligado a um dos tais sete pecados capitais. Diz o guardião que o fundador do Farol decidiu organizar assim porque é uma excelente maneira das pessoas saberem exatamente onde devam ficar primeiro, apesar de prôpor que se passe em todos para uma volta completa .
Alguns dizem que a ida ao Farol é como se olhar no espelho e entrar nele sem se ver entrando. Só na volta é que nos vemos.
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