Mudanças à vista, o barquinho parece que viu que remava sozinho nos mares perigosos da solidão e da soberba e , inconsequente como ele só, nem se dava conta que andava cada dia mais e mais para o fim, para onde a soberba e a solidão poderiam causar a destruição quase por completa do barquinho, e que , se ainda sobrasse alguma coisa lá no fim, seria muito difícil arranjar alguém para reconstruí-lo. Depois de uma reunião com outros barquinhos ele pode perceber que não mais tinha como ir , sempre, contra o caminho que seus companheiros faziam. A loucura estava começando a se tornar o guia preferencial do barquinho, o leme que guiava mais e mais para o fim dos mares.
Agora que percebeu o erro que cometia, o barquinho resolveu mudar sua direção e ir atrás de todos os seus amigos, afinal, ele não acredita mais que é o único que está sempre certo, apesar de sua intuição ainda lhe mandar continuar com seu caminho antigo. Mas, enfim, o barquinho deu a volta, mudou de rota, e está indo para o outro lado. Mesmo assim, é um longo caminho para a volta e , apesar de estar com pressa para encontrar seus amigos, também entende que não é uma boa hora para se apressar as coisas, o mais certo a fazer é ir devagar, com a calma e a tranqulidade de quem percorre um caminho pela segunda vez. Mas a mudança de rota recém começou...
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