quinta-feira, janeiro 04, 2007

New year's life

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2007, e logo não restará mais faculdade para fazer, tempo livre para se cansar de pensar em coisas aparentemente importantes, quarto para cansar de ficar, rua para caminhar sem preocupação, trem para olhar sentado junto a um cigarro, etc, etc,

Quem sabe apareçam ruas apinhadas de gente para não-caminhar, luzes para confundir a vista cansada do final do dia, infinito no horizonte para não enxergar, pessoas novas para consertar feridas e, acima de tudo, pouco tempo para pensar em coisas aparentemente inúteis e muito tempo para fazer coisas aparentemente importantes.

Questão de aparência, ou de ponto de vista, um desafio a mais para uma vida aparentemente tão vazia de verdadeiros desafios - daqueles de te levar ao inferno profundo e te fazer voltar tão chamuscado que para sempre as chamas te acompanharão, seja lá onde elas se fixem no teu corpo - que o primeiro que apareçe com a imponência que o nome traz, Desafio, com letra maiúscula para não deixar dúvida de sua potência, provoca apenas umas nuvens no horizonte que nunca foi claro, mas sempre pareceu ser.

Ou seja, se até hoje as complicações foram poucas e criadas para exatamente tentar suprir a falta delas, agora estas ainda não se apresentam como todos as descrevem porque, ainda, não tiveram a importância de sua falta reconhecida para finalmente aparecerem e propor o Desafio.

Será inevitável a inconsciente busca, preparação e posterior solução dos desafios criados por nós? Ou será que é possível, como agora me parece (e acabo de entregar que por hora realmente é) ter um controle mínimo, por mais caótico e intencionalmente sem um aprofundamento maior que seja, da frequência com que eles apareçem, como uma chamada escolar, para então bolar planos e mais planos sem sentido para se tirar o máximo de cada uma das ocorrências que, agora mapeadas, podem signficar mais do que realmente seriam se não tivessem sidos descobertas?

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